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Reino Unido adia desconfinamento por um mês

Andy Rain / EPA

Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que o desconfinamento no Reino Unido vai ser adiado de 21 de junho para 21 de julho.

No Reino Unido, o desconfinamento vai ser adiado de 21 de junho para 21 de julho, anunciou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

“Estou confiante de que não vamos precisar de mais do que quatro semanas”, adiantou o governante, explicando que, neste momento, “é sensato esperar só mais um bocado”.

Segundo o Observador, o primeiro-ministro disse que no dia 19 julho espera ter toda a população adulta (com mais de 18 anos) vacinada com, pelo menos, uma dose da vacina contra a covid-19. “Temos de dar ao NHS mais algumas semanas para dar as segundas doses a quem precisa”, frisou.

Boris Johnson explicou que a decisão não foi fácil e que estavam a ser consideradas duas vias: continuar em frente ou abrandar. A escolha recaiu no travão para acelerar a vacinação da população adulta.

A variante delta e a terceira onda de covid-19 que os especialistas previram que atingiria o país está a preocupar os governantes. Nas últimas 24 horas, o Reino Unido registou três mortes e 7.742 casos de covid-19, de acordo com o Governo.

No domingo tinham sido notificadas oito mortes e 7.490 casos, mas os valores do fim de semana são recorrentemente mais baixos devido ao atraso no processamento dos dados.

Nos últimos sete dias, entre 8 e 14 de junho, a média diária foi de nove mortes e 7.439 casos, o que corresponde a uma subida de 11,9% no número de mortes e de 45,5% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.

O agravamento da situação é atribuído à variante Delta, considerada 60% mais transmissível do que a variante Alpha, a qual ultrapassou para se tornar dominante no Reino Unido.

O Governo britânico tinha previsto levantar todas as restrições em Inglaterra, deixando de impor limites aos grupos de pessoas em espaços fechados, permitindo o regresso em pleno de atividades como o teatro e concertos.

Liliana Malainho, ZAP // Lusa

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