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Com os novos casos em queda, Suécia quer permitir eventos com até 500 pessoas

As autoridades de Saúde suecas confirmaram esta quinta-feira a tendência de queda no número de infecções pelo novo coronavírus nas últimas semanas e propuseram aumentar o número de pessoas permitidas em eventos públicos de 50 para 500.

A boa evolução epidemiológica levou o Governo sueco a anunciar, há poucos dias, que iria propor o levantamento de algumas restrições e encomendou um relatório às autoridades sanitárias, que esta quinta-feira propuseram que sejam permitidas até 500 pessoas em eventos.

A proposta afeta eventos em que as pessoas estarão sentadas, devendo haver pelo menos um metro de distância entre estas, explicou Tegnell, abrindo as portas à participação em competições desportivas, como já é o caso na Dinamarca.

 

O país, com uma estratégia mais branda no combate ao vírus, registou taxas de mortalidade por covid-19 muito mais altas do que o resto dos países nórdicos, mas os números têm vindo a diminuir progressivamente, especialmente ao longo do verão, aproximando-se dos números dos seus vizinhos.

“Até agora não tivemos aquele aumento rápido que tem havido em partes da Europa, mas sim o contrário. Tivemos uma queda acentuada em julho e uma tendência de alta no início de agosto, mas estabilizámos e na semana passada houve um declínio”, disse esta quinta-feira o epidemiologista chefe da Agência de Saúde Pública sueca, Anders Tegnell.

No final de julho, o número de novos casos por 100 mil pessoas na Suécia relatados nos últimos 14 dias caiu 54% em relação ao registado nos 14 dias anteriores. Enquanto isso, outras partes da Europa registaram grandes picos de novos casos no mesmo período, incluindo Espanha, França, Alemanha, Bélgica e Países Baixos, que registaram aumentos entre 40 e 200%.

A Suécia contabiliza um total de 83.898 casos de covid-19, 171 a mais do que na quarta-feira, e três novas mortes, elevando o número provisório de mortos para 5820, cinco vezes mais alto que o da Dinamarca e onze a mais que o da Noruega.

Nenhum país nórdico confinou a sua população, mas limitaram as interacções sociais, enquanto a Suécia adoptou um modelo diferente e manteve abertos, com algumas restrições, bares, restaurantes e escolas primárias.

Desde o início da pandemia, Tegnell aconselhou o Governo a manter a economia aberta, alegando que seria mais sustentável a longo prazo.

O ensino presencial dos alunos mais velhos foi encerrado mas já foi retomado, coincidindo com o início deste mês do novo ano lectivo.

ZAP // Lusa

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