Esta semana, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Ordem dos Médicos alertou para o facto de a utilização de viseiras de proteção não dispensa o uso de máscaras comunitárias. Apesar disso, a PSP vai continuar a usar viseiras como método prioritário de proteção.
De acordo com o semanário Expresso, “as opiniões tornadas públicas, contra o uso isolado das viseiras, não levaram em linha de conta a importante distinção entre ambiente fora e dentro do ambiente hospitalar”.
Para a PSP, “fora do ambiente hospitalar, o novo coronavírus não tem a capacidade de se propagar de forma autónoma pelo ar”, mas “apenas por intermédio das gotículas provocadas por espirros ou tosse, numa distância limitada, caindo depois ao solo, sem a capacidade física de contornar a viseira”.
A PSP só recomenda aos seus operacionais que usem máscara e viseira quando tiverem de trabalhar em hospitais, porque “em ambiente hospitalar o novo coronavírus apenas tem a capacidade de se propagar pelo ar se e quando associado à difusão de aerossóis”.
Além disso, a polícia optou pelas viseira para que as pessoas possam ver a cara dos polícias. “É mais empático”, disse uma fonte policial ao semanário.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, não concorda e já pediu ao Governo para alterar a lei que põe as máscaras e viseiras ao mesmo nível. “O nível de proteção não é o mesmo, como está cientificamente demonstrado, e as forças de segurança deviam fazer como os médicos e usar viseira e máscara em todos os locais públicos”, mesmo “fora dos hospitais”.
Segundo o bastonário, a máscara protege “as mucosas oculares, impedindo o contágio”, mas não é eficaz “para proteção dos espirros, que é a principal forma de contágio do vírus”.
Segundo o Expresso, a direção nacional da PSP pediu indicações ao Ministério da Administração Interna para saber se o plano de contingência terá de ser alterado para adotar a máscara como meio primordial de proteção.
Pelo menos para já, a PSP vai continuar a privilegiar apenas o uso das viseiras como método de proteção.
Coronavírus / Covid-19
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Não terá qualquer problema em os agentes só usarem viseira. Bem como poderíamos ser abordados em apenas abrirmos um centímetro do vidro do carro para se poder ouvir o agente falar e vice versa. E mostrar-se os documentos, encostando-os bem ao vidro, para os agentes poderem ver, e até fotografar.
Já fui verificado dessa maneira, e foi a em que me senti mais seguro.
Em nada o agente tocou dos meus documentos, e tudo ele conseguiu ver bem.
E autorizo a que se fotografe.
Assim a segurança seria máxima, mesmo sem mascara de ambos os lados.