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Presidente da República diz que já se “começa a ver a luz ao fundo do túnel”

Rui Ochôa / Presidência da República / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República falou aos jornalistas, esta quarta-feira, depois da reunião com peritos no Infarmed, tendo admitido que já se “começa a ver a luz ao fundo do túnel”.

À saída da reunião com peritos na sede do Infarmed, Marcelo Rebelo de Sousa disse que este “processo tem continuado a ter uma evolução positiva“, já que se nota “uma redução da propagação vírus” e, por isso, já se “começa a ver a luz ao fundo do túnel”, ainda que ténue.

O Presidente da República reafirma que “é preciso continuar a ganhar abril”, logo, continuar o confinamento, já que esse tem sido “a base do sucesso”. “É preciso ganhar em abril o mês de maio”, repetiu.

“Se abril correr até ao fim como esperamos, em maio os portugueses vão começar a habituar-se à ideia de conviverem socialmente com a realidade de um vírus que foi vencido naquilo que representava um risco gravíssimo para a sociedade portuguesa, e passa a ser um dado da vida do dia-a-dia”, cita o jornal Observador.

“Se abril correr bem, isso fará com que maio comece a ser progressivamente diferente”, afirmou o chefe de Estado, acrescentando ser esta a “luz ao fundo do túnel que o primeiro-ministro falava, que não só existe, como começa a ver-se ao fundo do túnel”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que “tudo se encaminha para que seja decretado um terceiro estado de emergência“. Ainda assim, o Presidente da República notou que vai haver uma nova reunião, no dia 28 de abril, por proposta do primeiro-ministro, para decidir que medidas serão tomadas em maio.

Questionado sobre um maior envolvimento das Forças Armadas, o Presidente disse que “é uma realidade, está definida, tem ocorrido em inúmeros domínios” e que “não há necessidade de, no decreto que venha a renovar o estado de emergência, alterar o que quer que seja ao que tem sido definido ou alterado”.

Respondendo à pergunta se iria haver celebrações em Fátima, a 13 de maio, Marcelo Rebelo de Sousa foi claro. Apesar de maio “ser o mês para o retomar o convívio com a realidade do vírus, não significa correr riscos que seriam riscos contraditórios com o que tem sido feito até hoje”.

Para o Presidente, o próximo mês de maio será “uma fase de transição, incompatível com fenómenos de massas”.

Portugal regista 599 mortos associados à covid-19, mais 32 do que na terça-feira, e 18.091 infetados (mais 643), indicou o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

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