A indústria portuguesa produz diariamente um milhão de máscaras, tendo como prioridade o abastecimento do mercado interno, mas já está a começar a exportar, revelou, este domingo, o ministro da Economia.
Pedro Siza Vieira foi comprar máscaras numa superfície comercial para demonstrar como será a nova realidade dos portugueses que, a partir de hoje, têm a máscara como novo acessório obrigatório em espaços públicos, como comércio e transportes.
“Neste momento já temos em Portugal uma capacidade de produção de máscaras superior a um milhão por dia e cada vez vamos começar a produzir mais máscaras reutilizáveis, ou seja, máscaras que, em vez de se terem que usar uma única vez e deitar fora, podem ser lavadas, mantendo a sua capacidade de proteção”, afirmou.
O ministro destacou que a indústria nacional mobilizou-se muito para aumentar a produção e isso deverá nos “próximos tempos baixar os preços” destes equipamentos, para o que também contribuirá a baixa do IVA para 6%, já aprovada na Assembleia da República.
“Neste momento, as empresas portuguesas não só produzem para o mercado nacional como já começam a produzir também para exportação e, portanto, estou convencido que, à medida que vamos tendo mais oferta, o preço vai tornar-se mais acessível”, acrescentou, quando confrontado com os preços atuais.
Siza Vieira destacou que esta exportação acontece já “essencialmente para países europeus e ainda em quantidades relativamente reduzidas”.
“A prioridade das empresas portuguesas obviamente continua a ser o abastecimento do mercado nacional, mas, à medida que vamos tendo a capacidade de produzir – e como sabem Portugal é um grande produtor de produtos têxteis e de vestuário -, vamos começar a exportar, porque este vai ser um produto que, nos próximos tempos, vai ser muito necessário na Europa, nos Estados Unidos, e não podemos estar dependentes apenas da China, que era tradicionalmente o grande produtor deste tipo de equipamentos”, sublinhou.
O ministro referiu ainda a mobilização de um conjunto de produtores da indústria para cumprir normas e especificações de qualidade e de segurança definidas pelo Infarmed, que passam no crivo da certificação do Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário.
“Neste momento já temos 135 equipamentos já certificados e as empresas estão a começar a produzir”, disse, salientando: “o mais importante para termos abundantemente estes equipamentos disponíveis a um preço acessível é aumentar o mais possível a produção”.
Siza Vieira realçou que estão previstos muitos canais de distribuição destes materiais além das farmácias, como a distribuição alimentar, supermercados e máquinas de venda automática, para que estes bens estejam disponíveis como outros produtos de uso regular e comum.
“Aquilo que estamos a tentar assegurar é que, no acesso às escolas, o pessoal docente, o pessoal não docente e os alunos tenham acesso a máscaras disponibilizadas pelo Estado. A mesma coisa sucede obviamente para aqueles que são funcionários que carecem destes tipos de equipamentos de proteção na sua atividade quotidiana: pessoal de saúde das forças de segurança etc.”, disse.
Já a população em geral, passará a ter mais um equipamento, ou um produto de vestuário disponível nos supermercados para uso diário, acrescentou.
Em relação aos produtos de higiene à base de álcool, o ministro realçou que também produtores de bebidas alcoólicas e de vários tipos de materiais de desinfeção reorientaram a sua produção para estes produtos.
“Julgo que, também por isso, começaremos a ver este tipo de produtos não apenas em abundância mas também a preço mais acessível”, acrescentou.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe
Este é mais uma das notícias do país dá Alice.Agora a palavra chave é ”Máscara” que virou um negócio da China para muita gente e já agora,impostos para os cofres do Centeno.