Um estudo, publicado esta quarta-feira, indica que o pico da segunda vaga em Portugal poderá acontecer no início de outubro, na semana entre 5 e 11 de outubro.
De acordo com a rádio Renascença, previsões da consultora Oliver Wyman apontam para um novo pico de covid-19 em Portugal, que ultrapassa os 1700 casos diários, já no próximo mês de outubro.
Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, na passada sexta-feira, tinha já avançado que o país poderia atingir os mil casos por dia, esta semana, algo que ainda não se veio a verificar.
“Nós já ultrapassamos a barreira dos mil uma vez, se voltar a acontecer não é nada de extraordinário. É perfeitamente possível, ainda por cima agora não vamos adotar medidas de confinamento global, como adotámos em março e em abril”, diz à rádio Manuel Carmo Gomes, professor de epidemiologia da Universidade de Lisboa.
“Temos de conseguir um equilíbrio entre a retoma da vida normal e a proteção da exposição ao contágio pelo vírus. É um equilíbrio difícil, mas todos nós, a nível individual, vamos ter de caminhar nessa direção”, alertou o especialista.
Segundo a revista Sábado, uma equipa de físicos estabeleceu cinco datas possíveis para o pico da segunda vaga em Portugal. As três primeiras já foram ultrapassadas (a primeira delas em meados de agosto) e a quarta é a semana atual.
O estudo publicado, esta quarta-feira, na revista científica Scientific Reports, indica que a última data está localizada na semana entre 5 e 11 de outubro, mas, como refere a mesma publicação, as medidas de prevenção podem atrasar este pico.
“As projeções são úteis para nós planearmos, ou seja, sabermos o que potencialmente pode acontecer, ajudam-nos a desenhar melhor uma resposta, os recursos, a própria comunicação. A grande questão é que são isso mesmo, projeções. Portanto, podem ser mais ou menos fiéis à realidade“, explica Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, à Renascença.
Portugal registou, esta quinta-feira, mais três mortes e 691 novos casos de covid-19 em relação a quarta-feira. No total, desde o início da pandemia, o país contabiliza 1931 mortes num total de 71.156 infetados.
Coronavírus / Covid-19
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