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Pedro Dias recusa-se a dar amostra de ADN à polícia

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Paulo Novais / Lusa

Pedro Dias, suspeito de um duplo homicídio em Aguiar da Beira

O principal suspeito dos crimes em Aguiar da Beira, que se entregou na última terça-feira, está a ser ouvido naquele que é o primeiro interrogatório judicial, no Tribunal da Guarda, para aplicação de eventuais medidas de coação.

Um mês depois de ter andado fugido, aquele que foi considerado o “homem mais procurado de Portugal” está hoje a ser ouvido por um juiz de instrução criminal no Tribunal da Guarda.

Pedro Dias, o principal suspeito das mortes em Aguiar da Beira, chegou por volta das 11h00 da manhã, onde foi recebido por alguns populares e insultos. “Assassino” foram algumas das palavras ouvidas entre a multidão, escreve o Jornal de Notícias.

O suspeito, que ficou conhecido por “Piloto”, decidiu entregar-se às autoridades na última terça-feira, um momento captado em direto pela RTP.

Numa entrevista ao canal, o homem de 44 anos disse estar inocente e garante que não andou fugido, apenas lutou para “sobreviver” porque percebeu que os agentes da operação policial o iam matar quando o encontrassem.

Aliás, foi isso mesmo que disse também ao Diário de Coimbra, afirmando que recebeu uma ameaça de morte de um GNR e de ter ouvido militares a dizerem que tinham de o matar “porque já estava a dar muito trabalho”.

O suspeito assegura que este caso tem muitos equívocos mas remete mais explicações para o agente da GNR que ficou ferido.

Ontem, uma mulher de 61 anos, alegadamente sua amiga, também foi constituída arguida por “suspeitas de favorecimento pessoal” ao detido.

Suspeito recusou dar amostra de ADN

Segundo o Correio da Manhã, Pedro Dias recusou-se a fornecer uma amostra de ADN à Polícia Judiciária. O objetivo da recusa poderá ser evitar que sejam feitos exames comparativos ao sangue recolhido no carro onde o GNR foi encontrado morto.

O jornal escreve ainda que a sua irmã o protegeu durante o período em que esteve fugido e que estava sob escuta da PJ, bem como o resto da família.

Andreia foi interrogada ontem pela polícia mas, segundo o Expresso, nunca poderá ser constituída arguida porque a lei não castiga familiares que ajudem suspeitos de crimes.

De acordo com o artigo 367º do Código Penal, citado pelo semanário, além da irmã estão também protegidos “o cônjuge, os adotantes ou adotados, os parentes ou afins até ao segundo grau da pessoa em benefício da qual se atuou ou quem com esta viva em situação análoga à dos cônjuges”.

Ainda segundo o semanário, a casa onde o suspeito esteve escondido já estava a ser vigiada há mais de uma semana, altura em que o Ministério Público emitiu um mandado de busca no local.

Recorde-se que “Piloto” estava desaparecido desde 11 de outubro, dia em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro. Um morreu e o outro ficou ferido.

Na mesma madrugada, um casal que seguia numa viatura também foi alvejado. O homem acabou por falecer e a mulher está em estado grave. Um outro GNR ficou ferido, sem gravidade, durante a operação policial.

Segundo a PJ da Guarda, o detido é suspeito da autoria de cinco crimes de homicídio qualificado, três dos quais na forma tentada, dois crimes de sequestro, pelo menos dois de roubo e um crime de furto.

ZAP

10 Comments

  1. Pelo que entendo destas declarações, este senhor afinal é um santo e o GNR baleado na cabeça é que é o assassino, por isso o sr. santo continuou fugido durante quase 1 mês com medo que o matassem, e só apareceu quando as autoridades já estavam tão cansadas de o procurar que já nem força têm para lhe dar uma bofetada.
    Ás tantas ainda vai pedir uma indemnização pelo frio e fome que passou, e pelos kms que correu.
    E só falta o juiz propor a apresentação periódica obrigatória, por causa do bom comportamento.
    Já agora, como contactou ele os advogados enquanto andou fugido, será que os advogados são família em segundo grau para estarem abrangidos pela lei 367, caso não sejam terão que responder em tribunal por cumplicidade e obstrução à justiça, pois decerto sabiam onde se encontrava o seu cliente, e não informaram as autoridades competentes.
    Talvez comunicassem por pombos correios.

  2. Já agora, parece-me estar a haver uma manipulação da comunicação social, a perder tempo com estas noticias que levantam estas duvidas e mostrando a fotografia deste senhor com cara de coitadinho, não dando a seria atenção das famílias que ficaram destroçadas e das pessoas que foram abatidas de forma impiedosa.

  3. Pelos vistos este senhor recusa-se a tudo, a falar, a prestar provas de ADN e que mais faltará? Possivelmente vai exigir agora ficar em prisão preventiva nalgum hotel de cinco estrelas, como se diz inocente é muito estranho estar a fazer tudo ao contrário do que faria qualquer inocente logo a começar pela fuga de um mês, a justiça no nosso país vai ter que mudar de regras porque caso contrário serão os bons cidadãos que se sentirão reféns dos bandidos e da justiça que os protege.

  4. O que me causa estranheza é o facto de tantos policias, (pagos por todos nós), durante um mês andarem à procura dele em Arouca, Vila Real, etc. quando pelos vistos ele esteve sempre junto da casa dos pais. Os GNR não estranho porque se especializaram em apanhar apenas condutores incautos e a beber uma cervejolas. Será que a PJ agora tambem se especializou apenas em fazer escutas telefonicas no meio de dois copos de whisky ?
    Depois vem todos dizer que é porque ganham pouco, que não tem meios, que o parque automovel está envelhecido. Deviam era ter vergonha

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