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Parlamento dividido a meio na unanimidade contra as sanções

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O Parlamento em peso está contra a aplicação de sanções a Portugal por parte da União Europeia, mas, para já, está dividido ao meio, com a Esquerda e a Direita a apresentarem dois documentos de rejeição distintos.

O PS foi o primeiro a chegar-se à frente, apresentando um documento que evita fazer qualquer referência ao governo PSD-CDS, mencionando que os deputados portugueses “consideram inaceitável, injusta, incompreensível e contraproducente a eventual decisão da Comissão Europeia de propor sanções ao país por incumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento”.

Além disso, o PS reforça que “a aplicação de sanções, que deteriora a relação entre instituições europeias e Estados soberanos, teria um efeito económico, orçamental e reputacional muito negativo na economia, no investimento, no emprego e, portanto, nas próprias finanças públicas de Portugal”.

Este documento do PS já foi acordado com PCP, Bloco de Esquerda, PEV e PAN numa “geringonça alargada”, avança o Observador.

Em resposta a esta posição, PSD e CDS apresentaram um documento alternativo que justifica a rejeição de sanções “considerando os esforços e resultados alcançados ao longo dos últimos anos em sede de consolidação orçamental”.

No fundo, a anterior coligação de Direita pretende realçar o “bom comportamento” do seu Executivo.

Maria Luís Albuquerque vem explicar num artigo de opinião no Jornal de Negócios como os dois documentos têm diferenças “profundas” na posição dos partidos, apesar da concordância alargada que rejeita as sanções.

No texto, a antiga ministra das Finanças do governo PSD-CDS rebate as contas do actual governo, citando nomeadamente os valores do défice, para concluir que o Executivo de Costa tem actuado “de forma irresponsável” na “tentativa de imputar a responsabilidade de eventuais sanções ao Governo anterior”.

É neste patamar que as coisas se encontram, mas espera-se que até ao fim da semana o Parlamento em peso chegue a um consenso e redija um documento único de rejeição das sanções de Bruxelas.

ZAP

4 Comments

  1. Um parlamento que se revolta, contra quem tem socorrido financeiramente o País, só pode ser equiparado a um devedor caloteiro que não quer pagar as dívidas que contraiu, quando precisou.
    O pior de tudo, é que todos sabem que a dívida vai continuar a aumentar desmesuradamente e que os de(am)putados dos neurónios, vão continuar a revoltarem-se contra aqueles que lhes enviam enxurradas de dinheiro e que esperam em vão, que o governo consiga travar ou abrandar um despesismo descontrolado e crónico.
    Bandalhos CALOTEIROS, sois a vergonha de um contribuinte HONRADO!!!

  2. O senhor Costa tem dois pesos e duas medidas, arroga-se em maioritário e bem apoiado pela extrema-esquerda, provoca o centro/direita mas quando o apoio da extrema-esquerda não chega ou não existe encosta a cabechinha no ombro do centro/direita tentando levá-los a reboque, muito artista nas suas artimanhas!

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