José Miguel Júdice garante que não sabe de nada, mas documentos revelados no âmbito dos Panama Papers comprovam que o antigo bastonário da Ordem dos Advogados teve um papel central em duas offshores ligadas ao ex-banqueiro João Rendeiro.
Em causa está uma carta dirigida a José Miguel Júdice por João Rendeiro, ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), em que o banqueiro nomeia o advogado como representante legal das sociedades Corbes Group LLC e Penn Plaza Management, conforme revelam o Expresso e a TVI.
Nessa carta, Rendeiro assume “de forma irrevogável e sem reservas a obrigação de pagamento e/ou de reembolso por si, ou através de qualquer entidade, ou sociedade da qual seja beneficiário efectivo, de quaisquer quantias que venham a ser exigidas, seja a que título for, ao Dr. José Miguel Alarcão Júdice, enquanto representante legal das sociedades Corbes Group LLC e Penn Plaza Management LLC”, cita o semanário.
Na semana passada, Júdice tinha dito ao Expresso que nunca tinha constituído nenhuma offshore e, contactado de novo pelo jornal, volta a reafirmar absoluto desconhecimento da situação.
“Que me lembre, e tenho boa memória, nunca soube que me tinham sido conferidos tais poderes, nunca os exerci e evidentemente não os exercerei”, salienta o advogado. “Nunca estive envolvido na criação ou representação de quaisquer empresas offshore ao longo de mais de 40 anos de vida profissional, ainda que isso não seja ilegal”, sublinha ainda Júdice ao Expresso.
No entanto, a carta que o semanário revela agora no âmbito da investigação dos Panama Papers já tinha sido apreendida nos escritórios de Júdice, em 2009, pela Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, avança o Observador.
A medida foi tomada no âmbito das investigações em torno de João Rendeiro, de quem Júdice é advogado.
A carta, entre outros documentos apreendidos, é vista como uma prova de que Rendeiro era o verdadeiro beneficiário das duas ditas offshores, proprietárias da sua casa e de um outro terreno na Quinta Patiño, em Cascais. Estes imóveis foram arrestados pela Justiça em 2013.
ZAP
O Pais dos esquecidos.
Como é evidentes essas malfeitorias dos offshores e companhia só podem ser feitas com a ajuda da banca e das grandes empresas de advogados que escudados atrás de leis imorais feitas “á la carte” delapidam povos e nações de milhões de receita devida em impostos.
Uma vergonha…..
Mais um artista que perdeu a memória. Todos os envolvidos em jogos de corrupção nunca se lembram de nada. O que também é verdade é que o povo é manso que nunca vou o que está para além da sua vista e continua a ser muito feliz com a sua vidinha. Estes senhores agradecem que o povo tenho acesso só ao básico e que desconheça que existe uma outra vida para além da linha do horizonte onde se vive e goza com os mansos.
Coitado teve uma “branca”. Mas toda a gente acredita neste e em outros sujeitos do mesmo calibre deste. Pobre País, e pobres portugueses que tudo pagam até ao cêntimo. VERGONHOSO.
Advogados… não há burla onde não estejam metidos!!
Se bem me lembro, todos os que até hoje tem aparecido envolvidos em grandes negociatas “Á CUSTA DO ZÉ”, sofrem de amnésia.
A Lista já é tão extensa que se justifica que o SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE crie um hospital direcionado ao tratamento da doença.
Se calhar eram pagamentos dos atentados do (seu/dele) MDLP no pós 25A.