É “caricato”: PSD e CDS formam Governo, mas o que passam são as propostas do PS, com ajuda essencial do Chega.
Já se previa que um cenário destes poderia acontecer, depois da vitória muito apertada da AD nas eleições legislativas do dia 10 de Março.
Agora, em apenas uma semana, vê-se que não era só teoria ou previsões de comentadores: PSD e CDS estão a ter problemas em aprovar as propostas do próprio Governo – enquanto as da oposição é que são aprovadas.
Primeiro, aconteceu na semana passada com o IRS. A proposta do Governo foi adiada, baixou à especialidade sem votação; mas as propostas de PS, BE e PCP foram aprovadas.
Uma semana depois, nesta quinta-feira, foi a vez de se votar o fim das portagens em antigas SCUT.
Os partidos do Governo, PSD e CDS-PP, apresentaram uma redução gradual e “financeiramente responsável” de portagens no interior e nas grandes áreas metropolitanas. As propostas foram chumbadas.
Outras propostas apresentadas (Chega, IL, BE, PCP e PAN) também foram rejeitadas pelos deputados.
No entanto, a proposta do PS passou. Foi aprovada com os votos a favor do próprio PS, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.
PSD e CDS-PP votaram contra mas nada adiantou. A esquerda, com ajuda do Chega, tem maioria absoluta nesta legislatura.
Aliás, PS e Chega, juntos, são suficientes para terem maioria absoluta. Já tinha havido sinais disso, o próprio primeiro-ministro falou recentemente sobre o assunto, mas agora essa coligação (talvez inesperada) está a mostrar consequências reais.
Depois da votação sobre o fim das portagens, o Governo voltou a atirar precisamente nesta “coligação negativa”: PS+Chega. O ministro do Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, acha que os dois partidos só querem “bloquear e minar a acção do Governo”.
Do outro lado, PS e Chega criticaram o Governo. Pedro Nuno Santos disse que o novo Executivo é o “principal foco de instabilidade” em Portugal; André Ventura defende que o Governo está num “caminho errado que vai acabar num precipício”.
A oposição é quem mais governa
Grândola, a terra onde o povo é quem mais ordena.
São Bento, o palácio onde a oposição é quem mais governa.
Poucos dias depois dos 50 anos do 25 de Abril, é fácil chegar a este trocadilho.
Mas é um trocadilho real, a julgar pelo que já aconteceu nos últimos dias (sem esquecer o impasse à volta do Presidente da Assembleia da República) e pelo que deverá continuar a acontecer a este Governo – que pode realmente durar pouco.
“Mais do que um cenário, é mesmo o dia zero de uma nova era de grande tensão política no Parlamento, em que temos a oposição a governar a partir das bancadas de São Bento”, resumiu Rosália Amorim na RTP.
A comentadora política repete que é a oposição que está a tentar governar o país, essencialmente quando PS e Chega se juntam, como aconteceu com as portagens.
E, por isso, o Governo pode cair rapidamente: “O que assistimos hoje (ontem) pode ser um bocadinho o princípio do fim, eventualmente, de um Governo. É um cenário político que se vai tornar muito mais difícil em termos de governabilidade. Há uma pressão enorme e uma tensão que se vai agudizar muitíssimo até ao Orçamento do Estado”.
Rosália sublinha que PSD e CDS estão “completamente manietados” para as próximas decisões políticas.
O Governo tem o programa mas são as propostas da oposição que passam. “É uma situação caricata”, descreve a especialista.
Já Helena Pereira replicou no jornal Público uma questão do Executivo: afinal quem governa – o Governo ou a Assembleia da República?
“Claro que a Assembleia pode legislar. Não há nisto qualquer tipo de intromissão, ou qualquer exagero“, avisa.
E reforça esta ideia: “Não se sabe quanto tempo é que este Governo dura”.
A oposição faz o que deve aos seus eleitores… OPOSIÇÃO … a um governo que não governa… por declarada e explícita incompetência política.
O karma de derrubar um governo com maioria, por meio de um golpe de estado judicial, para substituir por um conjunto de ineptos que nem a 30% chegou, é fod…. tramado.
Votassem bem!
Todos dos que lá estão não se aproveita um
Estão todos s jogar e a medir as ditas cujas, o povo paga
Sistema político foi feito para Assembleia legislar e o governo executar o que foi legislado. Qual é a dúvida?
Tendo em conta que todos as notícias do ZAP que falam de política têm um comentário da “Lucinda”, só posso chegar à conclusão que é alguém pago pelo P.S. cujo objectivo é falar mal dos outros partidos poíticos. Infelizmente mais um/uma português/portuguesa que vê a política como um clube de futebol, em que todos os outros não excepto o seu clube.
Ai é? Daí a batermos na parede não faltaria muito…
A chamada “extrema-direita” sempre teve uma costela esquerdista. Como se viu na Itália de Mussolini e até na Alemanha de Hitler. As políticas sociais eram a valer e os capitalistas tinham que estar com muito juízo. Se André Ventura for inteligente vai descobrir que governar com o PS é muito mais natural do que governar com o PSD. Só tem de moderar os desvarios xenófobos…
Enquanto o PSD não perder a sua arrogância, irá levando na cabeça até perceber que governar em minoria significa ter de fazer acordos com outros partidos. até lá os outros vão fazendo o seu papel de oposição. Mas como o Luís Montenegro desde sempre demonstrou uma elevada altivez temo que mais depressa vamos a eleições do que a melhorias na governação.
O governo do Ps esteve lá oito anos e não fez patavina a não ser colocar o pais no pântano, mas essa e a especialidade da esquerda, Marinho, o artista da onu, o eng que recebe heranças todos bons rapazes, parece que o Ps governa melhor na oposição, e o lugar deles, isto das sctu a anos que andam de roda disto os esquerdistas sempre adiarão agora vale tudo, para derrubar o governo.. Portugal no seu melhor
O primeiro ministro que demitiu, quem não deve não teme
O PS2 quer provocar eleições o mais rápido possível, início do próximo ano, estratégia do Sr Rangel.
Haver proposta da oposição aprovadas em governos minoritários sempre houve, qual a surpresa?
Os Portugueses é que interessam, dar tudo aos reformados e FP vai ser a morte destes PS2
e do seu Montenão (o homem faz uma boa cabidela, dizem). Anão político, o país real vale zero.