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“Obsceno e imoral”: gravações de Diana a falar sobre a sua vida sexual causam polémica

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TaylorHerring / Flickr

Diana de Gales, a Princesa do Povo

Amigos da Princesa Diana querem impedir o canal de televisão britânico Channel 4 de transmitir o documentário que inclui gravações em vídeo, no qual fala sobre a sua vida sexual e os problemas do casamento com o Príncipe Charles.

O documentário “Diana: In Her Own words” (Diana: Nas suas próprias palavras) vai ser emitido pelo Channel 4 no próximo domingo, 6 de Agosto, e surge no âmbito do aniversário dos 20 anos da morte da chamada “Princesa do Povo”.

No centro do documentário estão vídeos gravados pelo professor de oratória de Diana, Peter Settelen, entre 1992 e 1993, que nunca foram divulgados no Reino Unido.

O Channel 4 assegura que estas gravações oferecem uma “visão única” da Princesa, mas, segundo a  a BBC, uma amiga próxima de Diana, a empresária Rosa Monckton, considera que está em causa uma traição da privacidade dela.

Monckton escreveu ao canal a pedir para não divulgar os vídeos e diz ao The Guardian que o seu conteúdo “não pertence ao domínio público”. “É uma traição da sua privacidade e da privacidade da família”, considera a empresária.

Os vídeos foram gravados no Palácio de Kensington, em Londres, por Peter Settelen, contratado pela Princesa de Gales, entre 1992 e 1993, para a ajudar a falar em público.

Diana fala sobre o seu casamento com o Príncipe Charles, sobre a sua vida sexual e sobre como confrontou o então marido sobre o seu caso com Camilla Parker Bowles, a agora Duquesa da Cornualha.

“Obsceno e imoral”

O ex-porta-voz real Dickie Arbiter critica o Channel 4 de estar simplesmente interessado em ganhar dinheiro, em declarações no programa “Victoria Derbyshire”, da BBC. “Esses vídeos foram gravados em privado como parte de um treino. Qualquer coisa feita atrás de portas fechadas continua a ser privada”, atesta.

É muito obsceno mostrarem isso – e imoral, francamente“, refere por seu turno a biógrafa real Penny Junor à BBC. “Quando Diana gravou aquilo, o casamento tinha acabado de terminar, tinham-se separado – ela não estava bem“, acrescenta, considerando que a Princesa “nunca quis que essas gravações fossem ouvidas por ninguém”.

Assim, conclui Penny Junor, o documentário é uma “exploração”.

As gravações voltaram às mãos de Settelen em 2004, após uma disputa legal com o irmão de Diana, Earl Spencer, que reclamou que lhe pertenciam. Os vídeos estavam sob o poder da Scotland Yard (a polícia metropolitana de Londres), depois de serem apreendidos numa operação na casa do ex-mordomo real, Paul Burrell, em 2001.

Extractos dos vídeos foram divulgados nos EUA, em 2004, depois de terem sido vendidos ao canal norte-americano NBC. No Reino Unido, a BBC chegou a planear mostrar as gravações como parte de um documentário, em 2007, o ano do 10º aniversário da morte de Diana, mas desistiu da ideia.

“Um documento histórico”

O advogado de Peter Settelen, Marcus Rutherford, defende a difusão das gravações, alegando que “o argumento da privacidade falha” porque a polícia, a família Spencer e provavelmente, até o mordomo real já viram os vídeos.

“O que era privado entre Peter Settelen e Diana de Gales foi na verdade perdido no processo”, considera Rutherford, conforme cita a BBC. O advogado acrescenta que Diana estava a separar-se do marido, na época em que foram feitas as gravações, e que “queria que o mundo soubesse o que estava a passar”.

O vice-director de criação do Channel 4, Ralph Lee, também defende a divulgação, notando que os vídeos são como um “documento histórico incrível” que “nos permite criar um novo retrato de Diana”, conforme refere à BBC.

Um porta-voz do Channel 4 vinca também à estação britânica que os vídeos constituem “uma visão única” sobre as “preparações de Diana para ter uma voz pública e contar a sua história pessoal”.

Sexo de três em três semanas

As gravações causam polémica porque, além de incluir Diana a treinar técnicas de voz, também a revelam a falar da sua vida sexual com Charles, contando, nomeadamente, que o herdeiro da coroa britânica só queria fazer sexo com ela de três em três semanas, conta o The Sun.

Recentemente, foram divulgadas outras gravações em que a Princesa Diana fala do “desespero” que vivia e diz que chegou a atirar-se das escadas, quando estava grávida de William, para chamar a atenção do marido, e desabafa, nas gravações feitas em 1991, que sofreu de bulimia e ansiedade por causa da tensão que sentia no casamento.

Diana morreu num acidente de viação, em Paris, a 31 de Agosto de 1997. Uma investigação recente apurou que a Princesa seguia num carro “avariado”.

ZAP // BBC

5 Comments

  1. E horrivel…para que as pessoas se metem na vida das pessoas famosas,a vida e vida .
    Agora ja passando 20 anos depois morte qual e interessa a mexer os mortos..e ainda o princ Charlz realmente andava a trair…que coisa? Em memoria da princesa Diana acho que nao deve se fazer comentarios…

  2. Toda a mixórdia serve para vender mais jornais ou ter mais audiência, logo quanto a mim ela (Diana) nunca deveria ter confessado a outrem aquilo que se passava em casa, mas na verdade isto anda tudo à procura de protagonismo não importando a forma para lá chegar!.

  3. Deixem a Diana em paz conforme ela está tudo o que ela fez não foi nada
    Uma beleza daquelas como ela tinha se fosse eu fazia pior com um um homem que não ligava nenhuma e ainda atraiçoava com outra para mim recordo a com saudade o que ela fazia isso é que deve se falar não é falar
    De coisas íntimas que só cada um éque sabe o que se passa em sua casa

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