/

Em pânico, os norte-americanos estão a comprar pintainhos para lidar com a pandemia

10

Todo o mundo está a ser afetado pela pandemia de covid-19, tendo os norte-americanos, inicialmente, corrido aos supermercados para comprar o máximo de papel higiénico possível. Porém, agora, o produto é outro.

De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, os pintainhos tornaram-se a compra do pânico, tendo já esgotado inúmeras incubadoras.

Normalmente, as incubadoras de pintainhos têm dias ocupados nas semanas anteriores à Páscoa, durante as crises do mercado de ações e nos anos das eleições presidenciais. No entanto, a procura atual é sem precedentes.

“As pessoas estão a comprar pintainhos em pânico tal como fizeram com o papel higiénico”, disse Tom Watkins, vice-presidente da Murray McMurray Hatchery, em Webster City, no estado de Iowa.

De acordo com a Newsweek, a empresa de Watkins está prestes a ficar totalmente esgotada durante as próximas quatro semanas. Enquanto alguns clientes reabastecem os seus galinheiros como habitual, uma grande quantidade de novos compradores estreantes estão a fazer fila para comprar pintainhos – por causa da covid-19.

Uma das razões pode ser o aumento do preço dos ovos. O Departamento de Agricultura informou que os preços subiram mais de 50% na semana passada em algumas partes dos Estados Unidos. A oferta de ovos não vacilou, mas a demanda disparou.

“Pensei em comprar pintainhos que todos entrem em pânico e comprem-nos”, disse Amy Annelle, de 48 anos, citada pelo All That’s Interesting. “Também queríamos um projeto divertido para nos manter ocupados“.

Apesar de semorar pelo menos cinco meses para que as galinhas tenham idade para pôr ovos, “parece que ter uma fonte constante de alimentos é uma boa ideia agora”.

Os benefícios psicológicos que acompanham o cuidado de um animal também proporcionam alívio em tempos incertos. “Não podemos controlar o mundo em redor, mas podemos controlar o amor que damos aos animais”, disse Dominique Greenwell, que comprou quatro pintainhos, após o salão de cabeleireiro em que trabalhava ter fechado.

Stephanie Spann, da Hackett Farm Supply, em Nova Iorque, explicou que as pessoas esperam numa fila, cuidadosamente espaçadas e depois pegam os seus animais. Os funcionários já relataram terem recebido telefonemas de cuidadores estreantes. “São como pais ansiosos a preparar-se para um bebé“, disse Spann. “As pessoas estão dispostas a escolher raças que não são a sua primeira escolha para começar a criação agora”.

Por outro lado, alguns desses compradores são desinformados. Uma mulher perguntou num fórum online sobre galinhas por que os seus pintainhos estavam a morrer, inconsciente de que os animais precisam de uma fonte de calor para sobreviver até que as suas penas cresçam.

Embora alguns proprietários não estejam preparados para lidar com um animal de estimação que pode viver até 10 anos, outros estão a achar a sua presença muito benéfica.

“As galinhas são uma ótima forma de vincular biologia, comportamento animal, matemática e outros assuntos”, disse Erin Scheessele, de Oregon. “O meu filho de 9 anos, resistente a matemática, calculou o perímetro da gaiola para descobrir quanto pano tínhamos de comprar.”

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

10 Comments

        • É isso. Se te aparecer na porta um miserável esfomeado, dás-lhe um tiro.
          Depois vais cantar dois salmos na igreja do bispo Macedo, ficas de consciência limpa, e podes dormir tranquilo.
          Saudações de Portugal.

        • Nada disso é verdade.
          Balas dão refeições. Vá a África e pode ver com os seus próprios olhos as muitas caçadas que por lá se fazem.
          Também não é lícito assumir que protegem a comida “estocada”. Depende do tamanho da arma de quem protege e de quem rouba e da arte de cada um para esse ofício.
          E depois seria bom não assassinar a língua Portuguesa.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.