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Marcelo também está contra alteração da lei à medida da CGD

Mário Cruz / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Depois dos partidos que apoiam o Governo terem mostrado que estão contra a alteração da lei bancária, foi a vez do Presidente da República mostrar o seu desagrado.

A notícia, avançada este domingo pela SIC Notícias, dá conta de que também Marcelo Rebelo de Sousa não concorda com a solução encontrada pelo Executivo para contornar o chumbo do Banco Central Europeu de oito administradores para a Caixa Geral de Depósitos.

O chefe de Estado ainda se encontra de férias mas, de acordo com este canal televisivo, vai pronunciar-se sobre a situação da CGD na próxima quinta-feira.

Com a eventual rejeição de Marcelo, o Governo de António Costa fica ainda mais isolado nesta matéria.

Tanto o Bloco de Esquerda como o Partido Comunista consideram a alteração à lei bancária “demasiado permissiva” e que o Governo está a tentar fazer exatamente o contrário daquilo que defendem.

Além disso, os partidos da oposição também fizeram questão de mostrar seu desagrado, sendo, nas palavras do social-democrata Luís Montenegro, “um hino à incompetência, ligeireza e displicência do Governo”.

O caso começou com a decisão do BCE em chumbar oito dos nomes propostos para a administração da Caixa, por excesso de acumulação de cargos em órgãos sociais de outras sociedades.

Entre os nomes chumbados estão Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, que já disse estar indisponível para um novo convite, Carlos Tavares, líder do grupo Peugeot Citroen, e Ângelo Paupério, co-presidente executivo da Sonae.

Ainda segundo a SIC Notícias, a ideia do Governo de permitir que o Fisco tenha acesso às contas bancárias dos portugueses também não reúne o apoio de Marcelo.

De acordo com a Comissão Nacional de Proteção de Dados, a medida pode ser considerada inconstitucional e “abala decisivamente o sigilo bancário”.

ZAP

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