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25 maiores devedores da Caixa estão a ser investigados. Berardo sentiu-se mal, mas passou mais uma noite preso

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António Cotrim / Lusa

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Joe Berardo é apenas um dos maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos que estão a ser investigados pela Polícia Judiciária. Em causa está a forma como conseguiram empréstimos no Banco público. Entretanto, Berardo passou mais uma noite na prisão depois de se ter sentido mal no tribunal.

O empresário Joe Berardo deve conhecer, nesta sexta-feira, as medidas de coacção de que será alvo no âmbito da investigação que está em curso, em torno de empréstimos conseguidos na Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Contudo, Berardo é apenas uma das figuras envolvidas em suspeitas num processo que está a decorrer no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) do Ministério Público em torno dos maiores devedores da CGD.

A informação é avançada pelo Jornal de Notícias (JN) que aponta que está a decorrer um processo autónomo ao de Berardo para apurar “em que circunstâncias os maiores devedores” da CGD “causaram prejuízos de cerca de 1,2 mil milhões de euros ao banco público”.

Em causa estão suspeitas de “eventuais favorecimentos na concessão dos empréstimos, sem garantias válidas”, e de uma “posterior dissipação de bens destinada a evitar o pagamento das dívidas”, como destaca o JN.

Os alvos da investigação, segundo a publicação, serão “os 25 maiores devedores” do banco, entre os quais se encontra Berardo.

O JN nota que, para já, não existem ainda arguidos constituídos, mas que terão já sido feitas “várias diligências, como recolha de documentos em diversas instituições“.

A investigação pretende apurar se houve crimes de administração danosa por parte de elementos da Caixa, nomeadamente com eventuais “análises de risco intencionalmente negligentes” nos empréstimos concedidos, aponta o jornal.

Joe Berardo e o seu advogado, André Luiz Gomes, foram detidos por suspeitas de burlas em financiamentos concedidos pela Caixa. Em causa estão suspeitas de crimes como burla agravada, fraude fiscal, branqueamento de capitais e administração danosa.

O empresário madeirense passou, nesta quinta-feira, a terceira noite na prisão depois de se ter sentido mal no tribunal e de ter sido assistido por paramédicos do INEM.

O Jornal de Negócios refere que Berardo “sentiu-se mal no Tribunal de Instrução Criminal”, em Lisboa, e que o INEM foi chamado para lhe prestar auxílio.

Mas, depois disso, o empresário voltou à prisão, onde continua enquanto aguarda as medidas de coacção que o juiz Carlos Alexandre deve anunciar hoje.

ZAP //

10 Comments

  1. Berardo nao faria nada sem a ajuda do Carlos Santos Ferreira, funcionário público enquanto administrador da CGD que deu dinheiro a estes ratos do esgoto todos. Ele é que tinha a mão na nossa massa e a distribuiu, é o pior deles todos. O Berardo dá nas vistas mas são estes mais discretos que fazem mais estragos, os Berardos desta vida só aproveitam estas oportunidades, há de os haver sempre, o mal é sequer elas existirem.

  2. Confesso que depois de analisar todas as notícias infundadas sobre este caso do Berardo, começo a ter alguma simpatia por ele. Ministros das finanças, Administradores do Banco de Portugal, envolvimentos e decisões da CGD e o resto de toda a novela, tenho que admitir que, há algum mérito na forma como ele tratou a situação.Também acho ridículo a imprensa cá do sítio, tentar tirar dividendos da situação e de alguma falsidade por estes inventada.

    • Caro leitor,
      Está no seu direito de nutrir a simpatia por quem lhe apetecer e de acreditar no que lhe aprouver.
      Já não é direito seu questionar a veracidade da informação que a “imprensa cá do sítio” transmite, nem classificar a mesma de “falsidade”.
      Para começar, porque o fundamento dessa informação, neste caso, até será validada (ou não) em sede judicial.
      Ao contrário das suas acusações – que exprime livremente sem que o seu fundamento tenha qualquer escrutínio.
      E para terminar, não deixa de ser peculiar que considere que neste assunto, quem está a tirar dividendos é “a imprensa cá do sítio”.

  3. Temos no n/ país uma cáfila mafiosa que devem ser expurgados quer ao nível do património como de irem ver o sol aos quadradinhos. Espero é que os crimes não prescrevam como é habitual nestes corruptos e nós contribuintes temos de pagar os desmandos pútridos e fedorentos destes sacripantas.

  4. O homem pelos vistos vai ficar em liberdade, com uma caução de 5 milhões de euros; como é pobrezinho vai bater à porta de um Banco amigo e lá vão mais 5 milhões que o povo mais tarde pagará, depois como é um cidadão ingénuo só daqui a alguns dias é que está obrigado a entregar o passaporte, se for um indivíduo esperto aproveita a deixa e bate asa daqui para fora. Andam todos a gozar com o povo, este país bateu no fundo, já não tem cura!

    • “…este país bateu no fundo, já não tem cura!”
      Naaa… se já nem pastorinho Ventura (muito amigo dos “Berardos” – e que até acredita em milagres!) é capaz de “salvar” o país, o caso é mesmo grave!…
      Só faltou o típico: “o que faz falta é outro Salazar”!!

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