O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do Banco Comercial Português (BCP), Carlos Santos Ferreira, foi constituído arguido no caso que levou à detenção de Joe Berardo e do seu advogado André Luiz Gomes, esta terça-feira.
Santos Ferreira é suspeito de ter favorecido Berardo na concessão dos empréstimos dados pelo banco público em 2006 e 2007, num valor total de cerca de 350 milhões de euros, escreve o Público.
A PJ e o Ministério Público levaram a cabo uma megaoperação que visava a detenção, com mandato emitido, do empresário madeirense pela forma como conseguiu obter, em 2006, empréstimos da CGD, que em 2015 ainda revelavam uma exposição do banco público à Fundação Berardo na ordem dos 268 milhões de euros em créditos mal parados.
Em causa está a forma como montou um esquema de dissipação de património e dinheiro, através de empresas-veículo, para conseguir escapar aos credores.
A TVI adianta que deverá haver mais arguidos entre ex-administradores bancários que estiveram relacionados com os empréstimos
Em causa estão crimes de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento e eventualmente crimes cometidos no exercício de funções públicas. Têm uma moldura penal entre os 5 e os 12 anos de prisão.
Joe Berardo vai ser interrogado esta quarta-feira à tarde no Tribunal Central de Instrução Criminal pelo juiz Carlos Alexandre, que irá decidir as medidas de coação a aplicar-lhe.
Os créditos ruinosos na CGD — de 350 milhões de euros para compra de ações do BCP, que depois desvalorizaram — terão sido conseguidos através de uma relação privilegiada com o Governo, na altura liderado por José Sócrates.
O Ministério Público estabelece ainda uma relação entre a concessão desses créditos e o facto de ter sido celebrado com o Governo um acordo para que 862 obras de arte da fundação Berardo fossem expostas no Centro Cultural de Belém.
Sempre fiquei espantado, como era possível que este Santos Ferreira, passasse incólume, em todo este e o processo Sócrates, tendo em conta que a sua responsabilidade na CGD, era superior ao de Armando Vara, e que ambos tinham que estar metidos nisso. Grande terá sido o seu protector.
Assim qualquer um de nós é rico. Há que mantê-lo preso até que o dinheiro apareça, seja ele, a esposa, os filhos (herdeiros) ou mesmo os gestores que lhe aprovaram os empréstimos. Sim, porque os gerentes têm responsabilidades, ou não? Emprestam o que não é deles e fica por isso mesmo? Há que prender também, e rápido, os outros, que como ele nos puseram nesta situação.
Só mais Un que favoreceu e favoreceu-se !…… A ver vamos !
Este e outros já deveriam estar atrás das grades há muito tempo e espoliados de todos os seus haveres pelo menos até ao valor com que defraudaram a entidade bancária, pois temos sido nós todos a pagar estes favores entre amigos corruptos sem o mínimo de profissionalismo nem moral.
Santos Ferreira, ex presidente do BCP vai para a CGD emprestar dinheiro aos amigos para comprarem acções do BCP que tinha acabado de gerir, e que desvalorizam imediatamente, com perdas gigantes para os contribuintes. Este é esperto, espero que não vá muito longe…