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Governo apresenta Lola, a nova assistente robô da Loja do Cidadão

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Manuel de Almeida / Lusa

Maria Manuel Leitão Marques, Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

A Loja do Cidadão do Porto vai passar a ter uma nova assistente pessoal, a Lola. A Lola é um robô que vai interagir com os cidadãos, tirando dúvidas e encaminhando-os para os serviços pretendidos, sem que seja necessário a intervenção de um funcionário.

Segundo o Diário de Notícias, esta é uma das oito novas medidas anunciadas esta quarta-feira pela Ministra da Presidência e da Reforma Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, para o Simplex 2018. “Parece magia mas é o Simplex!” é o mote desta fase do programa iniciado em 2016 e que visa a desburocratização do Estado.

“A Lola trata-se desse passo, que é importante dar, aproveitando o melhor que nos pode dar. Essa robô torna o acesso à Loja do Cidadão do Porto mais simples, intuitivo e onde o cidadão é encaminhado para o serviço pretendido”, explicou Maria Manuel Leitão Marques em declarações ao Jornal de Notícias.

A ministra salvaguardou desde logo que o robô não vai retirar postos de trabalho. Há coisas muito importantes para dar aos funcionários públicos, que não se resuma a: “vá para ali, vá para acolá. São rotinas que as máquinas podem fazer“, frisou.

“Precisamos de funcionários que atendam de forma personalizada os cidadãos, que lhes expliquem os serviços com uma linguagem clara para que percebam toda a informação. Isso só um humano pode fazer”, acrescentou a ministra.

O programa vai contar também com uma central de marcações do governo, que permitirá fazer marcações online para vários serviços públicos. Segundo o governo, esta medida vai permitir que um utente, num único portal, possa agendar as suas deslocações a diversos serviços do Estado.

Outra das novidades apresentada é o “Cartão para Estrangeiros“. Com este cartão, o governo vai passar a associar o processo de autorização de residência de estrangeiros à atribuição de números de identificação fiscal, segurança social e do serviço nacional de saúde.

Faturas sem papel

Numa das medidas, o governo propõe eliminar as faturas em papel, já que estas ficam depois disponíveis na área pessoal do cidadão no Portal das Finanças. Sem a fatura em papel, o governo pretende que os portugueses fiquem apenas com o seu registo eletrónico. Esta medida permitirá poupar 70 mil árvores.

Já em 2016, António Costa tinha prometido que 2017 seria o ano de “papel zero” no Estado, ou seja, todos os assuntos entre cidadãos e serviços públicos poderiam ser desmaterializados e tratados online.

Entre as medidas do programa contam-se a casa pronta online, o IRS automático, o registo de nascimento na maternidade, o simulador de pensões, a renovação da carta de condução a partir de casa, o casamento e as matrículas online.

Em declarações à Lusa, Maria Manuel Leitão Marques fez “um balanço positivo” do programa Simplex+2017, salientando que este tinha “medidas de grande impacto”. Quanto ao programa deste ano, a ministra adiantou que o governo está “a lançar medidas disruptivas”.

“Como sempre tem sido a tradição”, o programa deste ano “traz novidades de simplificação” que permitem “reduzir os encargos administrativos“, acrescentou, remetendo mais novidades para a apresentação pública do Simplex+2018.

As medidas apresentadas esta tarde serão aplicadas de forma faseada até 2020. O Simplex+ 2018 conta com um orçamento estimado de 55 milhões de euros.

A apresentação vai contar com a presença do mágico Luís de Matos para falar sobre a “magia” do programa.

O programa foi criado em 2006, durante o executivo de José Sócrates e, desde então, foram concretizadas 1200 medidas para simplificar a vida dos cidadãos e das empresas.

ZAP //

5 Comments

  1. ridiculo!
    tanto FP e ainda arranjam um robo para fazer o seu trabalho.
    A CP devia seguir o exemplo e nos dias de greve colocava este dispositivo nas estacoes para ouvir o descontentamento dos clientes que pagaram passe e não têm direito à viagem.

  2. Em vez de sofisticarem mais os serviços (o que sempre bem vindo) deveriam era dotarem pelos menos todas as Cidades Portuguesas de Lojas de Cidadão. Vejam só que Évora está a 150km de Lisboa e não tem uma única Loja do Cidadão. mmmmm Porque será?

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