Gasolina é mais barata 40 cêntimos na Galiza. Grande maioria dos clientes é portuguesa

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Só com uma ponte a separar Valença e Tui, muitos portugueses que passam ou vivem perto da fronteira optam por abastecer em Espanha. A procura tem levado até à abertura de mais postos de abastecimento na localidade galega.

A poucos metros da fronteira de Valença, a localidade galega de Tui tornou-se um destino muito atrativo para muitos automobilistas portugueses devido à diferença no preço dos combustíveis, que pode chegar aos 40 cêntimos por litro em comparação com Portugal. A procura é tanta que, em apenas dois meses, abriu mais um posto de abastecimento, elevando para oito o número de bombas no centro urbano de Tui.

De acordo com o JN, este sábado, no posto junto ao Mercadona em Tui, o gasóleo simples custou 1,329 euros por litro e a gasolina 95 a 1,399 euros. Um preço bastante inferior ao praticado no posto da Galp situado do lado português, a pouco mais de um quilómetro, onde o gasóleo custava 1,614 euros e a gasolina 1,664 euros.

A diferença explica o movimento constante de carros com matrícula portuguesa. Alfonso Dorado, funcionário de um dos postos mais recentes, garante que “80% dos clientes são portugueses” e acrescenta que, apesar da concorrência entre os estabelecimentos locais, “dá para todos”.

A procura dos portugueses é especialmente notória junto à velha ponte metálica que liga Valença a Tui. Mesmo quando os preços nos postos espanhóis sobem ligeiramente, continuam a ser mais baixos e vantajosos do que em Portugal, o que mantém filas de carros. Para muitos consumidores, como Rosie Sousa, de Monção, abastecer do lado português só acontece em caso de necessidade: “Aqui abastecemos e sobra uns trocos para fazer outras coisas”.

Enquanto os postos galegos reforçam a oferta para responder ao fluxo de clientes, os automobilistas portugueses continuam a atravessar a fronteira em busca de preços mais competitivos, num hábito que parece longe de desaparecer.

ZAP //

1 Comment

  1. Havia uma forma do estado português não perder receita: o imposto sobre os combustíveis ser proporcional à distância à fronteira (com limites mínimos e máximos determinados por uma fórmula). Isto eliminaria por completo o incentivo dos portugueses irem abastecer a Espanha.

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