Este domingo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que vai aliviar algumas das restrições impostas no país na sequência da pandemia de covid-19, que infetou mais de 200 mil britânicos até agora.
Segundo o primeiro-ministro britânico, o regresso à normalidade no Reino Unido será “lento e gradual”, disse, citado pelo semanário Expresso. Em maio, ainda não haverá desconfinament. Em junho, escolas, infantários e lojas poderão reabrir e, em julho, a restauração e hotelaria.
“Não haverá fim imediato do confinamento”, informou Boris. O primeiro-ministro reconheceu que os britânicos têm suportado restrições à liberdade “de um tipo nunca visto em paz ou em guerra”, causadas pela “ameaça mais terrível que o país enfrentou” durante a sua vida.
Boris também foi infetado pela doença e passou uma semana no hospital, incluindo três dias nos cuidados intensivos.
“Temos de continuar a controlar o vírus e a salvar vidas. Não obstante, temos também de reconhecer que esta campanha contra o vírus teve um custo colossal para a nossa forma de vida”, afirmou. “Milhões de pessoas têm medo tanto desta doença terrível como do efeito deste longo período de inatividade forçada sobre a sua subsistência e o seu bem-estar mental e físico”.
Assim, o Reino Unido terá um plano “condicional”. Elogiando o “bom senso” dos concidadãos, Boris disse que foi graças ao acatamento das regras que, apesar de “mortalidade trágica e sofrimento imenso”, foi evitada uma “catástrofe em que o pior cenário razoável era de meio milhão de fatalidades”.
No Reino Unido, mantém-se a recomendação de ficar em casa e evitar contactos fora do agregado familiar.
A partir de quarta-feira, será permitido “apanhar sol no parque local, viajar de carro para outros destinos, até fazer desporto, mas apenas com membros do agregado familiar”.
As mudanças serão “lentas e graduais”. À semelhança de António Costa, Boris afirmou que não hesitaria em voltar atrás, se a situação epidemiológica aconselhasse. “Se houver surtos, se houver problemas, não hesitaremos em carregar no travão..
As multas pela violação das restrições em vigor podem ir das 100 às 3.200 libras (114 a 3.660 euros).
O novo lema do Governo britânico é “ficar alerta, controlar o vírus e salvar vidas”.
O primeiro ministro anunciou a monitorização constante dos dados epidemiológicos, o reforço da testagem e o controlo da circulação, que inclui a imposição de 14 dias de quarentena para todos os que entrem no Reino Unido.
Boris terminou o discurso dizendo que acredita que o Reino Unido sairá reforçado desta crise. “Seremos um país melhor, mais generoso e mais solidário”.
Boris vai apresentar mais detalhes deste plano condicional de desconfinamento esta segunda-feira na Câmara dos Comuns.
Coronavírus / Covid-19
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