Isabel dos Santos está decidida a conseguir a PT SGPS e deixou cair por terra algumas das condições patentes na OPA, que a Oi caracterizou de “inoportunas” e “inaceitáveis” antes de rejeitar terminantemente a proposta.
A Terra Peregrin – empresa de Isabel dos Santos que lançou a OPA sobre os ativos portugueses da PT -, através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revelou ter prescindido de algumas das condições inerentes à oferta da empresária angolana sobre a operadora portuguesa, tentando, desta forma, conquistar a aprovação da brasileira Oi, detentora dos negócios da Portugal Telecom.
Assim, Isabel dos Santos concordou em reduzir para 15 dias (anteriormente seriam 30 dias) o período de suspensão do acordo entre a PT e a Oi após o fim da OPA.
A multimilionária abriu também mão da condição que visava levar a Oi a prescindir da limitação a 7,9% do direito de voto da PT SGPS, e, ainda, optou por desistir da exigência que intentava eliminar a limitação da opção de compra da empresa portuguesa, pedindo somente que esta restrição recaísse sobre os acionistas da PT Portugal “que não vendam as ações nesta sociedade a Isabel dos Santos”, avançou o Jornal de Negócios.
A Portugal Telecom não se pronuncioue ainda sobre a Oferta Pública de Aquisição reformulada, mas, segundo consta, Isabel dos Santos não deverá operar quaisquer alterações ao valor da proposta, que manter-se-á nos 1,35 euros por ação, apesar de os títulos da PT SGPS terem subido 1,08% para os 1,41 euros, o que, de alguma forma, desvaloriza a OPA da empresária angolana.
A PT Portugal, que é detida pela Oi, é alvo de duas ofertas de compra: pelos franceses Altice e pelos fundos Apax Partners e Bain Capital.
Fusão PT-Oi
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