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Iniciativa Liberal questiona igualdade entre funcionários públicos e privados

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José Sena Goulão / Lusa

A Iniciativa Liberal questionou esta segunda-feira o Governo sobre quantos funcionários públicos estão em teletrabalho, em regime presencial ou sem trabalhar por isolamento ou doença devido à pandemia para poder “ajuizar sobre a igualdade de tratamento” em relação ao privado.

Numa pergunta a que agência Lusa teve acesso, e que é dirigida ao ministro das Finanças e à ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considera que “os trabalhadores do setor público e os do setor privado são, frequentemente, tratados de forma diferente”, mas adverte que “esta discriminação em tempo de crise de saúde pública é particularmente chocante”.

Não se vislumbra qualquer motivo para os sacrifícios que estão a ser pedidos não serem repartidos, de forma justa e equitativa, por todos os trabalhadores, incluindo os do setor público que se encontrem em situações análogas”, defende.

Para “poder ajuizar sobre a igualdade de tratamento entre trabalhadores da Administração Pública e os trabalhadores do setor privado”, o deputado da IL faz um conjunto de questões ao Governo sobre os funcionários públicos em tempo de pandemia da covid-19.

“Quantos trabalhadores da Administração Pública se encontram, neste momento, a exercer atividade em regime de trabalho presencial”, questiona João Cotrim Figueiredo, pretendendo ainda saber quantos funcionários públicos “se encontram, neste momento, a exercer atividade em regime de teletrabalho”.

Cotrim Figueiredo quer ainda que o Governo apresente o número de funcionários públicos que “não se encontram, neste momento, a exercer atividade, por estarem em situação de assistência a dependentes, isolamento profilático ou doença” e ainda quantos trabalhadores do setor público não estão a exercer atividade profissional por qualquer outro motivo.

“As reduções de rendimento verificadas no setor privado, não têm ocorrido em situações análogas no setor público onde, pelo contrário, já depois do início da pandemia de covid-19, muitos funcionários serão aumentados”, critica ainda.

Já em 31 de março, e igualmente numa pergunta, o partido liberal tinha considerado que suspender os aumentos da função pública, com a exceção dos profissionais na linha da frente no combate à pandemia, seria algo que se impunha “para assegurar a equidade perante os trabalhadores do privado”.

// Lusa

3 Comments

  1. O que este parolo não diz é que os funcionários públicos em teletrabalho continuam a desenvolver as tarefas para que são pagos, enquanto que os do privado deixaram de ter tarefas para fazer, em teletrabalho ou não.

    O que este parolo não diz, é que quando se distribuem lucros, o privado fica com eles, não o estado.

    O que este parolo não diz, é que os funcionários públicos trocaram carreiras bem melhor pagas no privado, por carreiras pior pagas mas com maior segurança no estado.

    O que este parolo também não diz, é que os milhares de trabalhadores privados que enchiam os bolsos sem fazer descontos nem passar recibos, agora estão aflitos porque foram aldrabões ano após ano, a lesar os estado em impostos devidos.

    • MENTIRA – os FP aproveitaram para ir passar férias a receber a 100% – telefone para um serviço a pedir uma qualquer diligência e vai ver a verdade (que certamente conhece porque, pela defesa, é interessado ….) – ou não atendem, ou estão lá 2 ou 3 pessoas e dizem que não podem fazer nada – até os centros de emprego estão totalmente fechados quando milhares foram despedidos – as empresas necessitam de documentação para poderem recorrer aos mecanismos e não conseguem – TUDO FECHADO E PARALISADO ENQUANTO RECEBEM DO ESTADO A 100% – Não há teletrabalho nenhum, na verdade – ainda “aguardam por instruções” dizem eles

  2. Trabalho no privado e não me inclua nos que aldrabam, tenho contratos precários sempre vivendo na insegurança de contratos a prazo, sempre receando o dia de me dispensarem porque a efectividade não convêm nestes dias a muito do patronato. Sabe o que é viver na constante instabilidade e de não saber o amanhã…. Penso que não.

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