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Após recusar isolamento total, Holanda tem uma das maiores taxas de mortalidade

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Narendra Shrestha / EPA

A Holanda tem uma das maiores taxas de mortalidade do mundo por covid-19. O país tem optado por evitar o confinamento total, procurando atingir a imunidade de grupo.

Face à pandemia de covid-19, os países afetados optaram por diferentes estratégias para mitigar a disseminação e o impacto da doença. A abordagem holandesa tem sido algo controversa, uma vez que o país optou por evitar o isolamento total, confiando no bom senso dos seus cidadãos.

“Um país crescidinho”, foi a expressão usada pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. “As pessoas estão contentes por estarem a ser tratadas como adultos”.

Nos Países Baixos, a economia não parou por completo, com apenas alguns setores de maior risco de contágio a encerrarem, escreve o Observador. O plano de ação permite, assim, criar aquilo que chamam de imunidade de grupo.

“Quanto maior for o grupo que adquire imunidade, mais baixa é a possibilidade de o vírus atingir pessoas mais velhas e vulneráveis ou com outros problemas de saúde”, explicou Mark Rutte. “Podemos atrasar a disseminação do vírus e, ao mesmo tempo, construir imunidade de grupo de uma forma controlada”.

A reticência em optar por um confinamento total faz com que, hoje, a Holanda seja o nono país do mundo com a maior taxa de mortalidade por covid-19. O país sobe ao sexto posto se excluirmos os pequenos territórios de San Marino, Andorra e Sint Maarten. Na Holanda, morrem 165 pessoas por cada milhão de habitantes. Ao todo são quase 27 mil infetados e 2.800 mortos.

A Holanda continua muito preocupada com o impacto económico do novo coronavírus. Embora se tenha juntado ao pacote de medidas aprovado recentemente para apoiar os países da União Europeia face à pandemia, Mário Centeno diz que a Holanda foi o país mais reticente a fazê-lo.

ZAP //

12 Comments

    • Mas quem é que apoia o governo holandês pela forma como tem gerido a pandemia?!
      O que por aqui se disse, e bem, é que não têm de ser os países ricos a sustentar os países que têm sido mal governados ao longo de décadas, usando a coisa pública em proveito de meia dúzia de famílias.
      O amigo anda muito baralhado das ideias.

    • Mas eles alguma vez disseram que eram melhores a lidar com a pandemia do que os outros?! O que eles disseram era que não estavam para sustentar alguns países, o que é bem diferente.
      Pelos comentários aqui colocados chego à conclusão que a maioria das pessoas não sabe ler ou não compreende aquilo que lê.

  1. Sabem fazê-lo de modo mais barato, deixando os velhotes a sua sorte. Mas uma ou outra, se não morrem do Covid-19, hão de ser convidados para a eutanasia implacável

  2. E da Bélgica, não falam?! Amanhã ou além passarão a ser o país com maior número de mortes per capita, atualmente com o dobro da Holanda e mais do dobro de mortes por dia relativamente ao pico da itália (tudo per capita, claro)

  3. Eu considero-me letrada e por isso acho que percebo o que leio e, às vezes, até consigo ler nas entrelinhas . O primeiro ministro holandês diz que são um país “crescidinho” e tem razão. Cresceram, e bem, graças ao que roubaram em território, em ouro (foram os principais corsários) e hoje crescem, muito bem, sob outra forma de banditismo ( a dos paraísos fiscais). A maioria das grandes empresas portuguesas estão lá sediadas, deixando nos cofres do estado holandês quantias avultadíssimas que, pela ordem natural das coisas, deveriam pertencer-nos. Assim, como é que havemos de arranjar dinheiro para resolver os nossos problemas? Eles podem esperar para ver qual é o desfecho da pandemia nós, infelizmente não podemos ser tão “adultos” quanto eles!

  4. Ainda bem que em Portugal estamos a ser tratados como pessoas, seres humanos. Se a componente economica é importante creio que não há duvida para ninguém, mas parece que existem duvidas sim em alguns lideres mundiais sobre o valor da vida humana. Espero que a humanidade, leia-se paises tornem-se sim adultos, quando forem novamente a eleições e sejam realmente adultos nas escolhas que vão fazer naqueles que desejem que os liderem não só no tempo das vacas gordas mas também neste momentos criticos não só para o seu pais mas sim para o cununto de todos os paises, a humanidade. Por muito menos criaram-se tribunais para julgar cirmes contra a humanidade… estes lideres nao estão a cometer um crime também contra a humanidade, algo para pensarmos seriamente sobre isso

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