A Guardia Civil espanhola suspeita que os responsáveis de Mossos d’Esquadra, polícia da Catalunha, ajudaram o ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, a fugir para a Bélgica.
O último relatório da Guardia Civil contem duras acusações contra os Mossos d’Esquadra e os seus responsáveis, tanto policiais como políticos. O documento questiona a participação de vários agentes catalães na fuga e posterior proteção de Carles Puigdemont na Bélgica. O relatório aponta também que os responsáveis ajudaram na fuga “a título individual” e que contaram com a conivência dos máximos responsáveis do ministério do Interior.
Segundo o El País, a Guardia Civil inclui esta suspeita num amplo relatório dedicado a abordar a alegada implicação dos Mossos nas “estruturas de Estado” que os independentistas queriam desenvolver antes da celebração do referendo de 1 de outubro.
Como já tinham feito em anteriores relatórios, os investigadores não duvidam em assinalar como presumivelmente implicados no processo Josep Lluís Trapero, chefe máximo dos Mossos, e o ex-secretário do Interior Joaquim Forn, atualmente preso.
Sobre a polícia autónoma, os autores do relatório alegam que foi adjudicado aos Mossos um papel “imprescindível para garantir a segurança dos cidadãos e o controlo das infraestruturas essenciais numa hipotética Catalunha independente”.
A partir daí, a Guardia Civil detalha oito chamadas e cinco notícias publicadas em diferentes meios de comunicação que, na sua opinião, reforçam as suspeitas da implicação dos Mosso e os seus responsáveis máximos na estratégia independentista.
Estas últimas são referentes à participação de, pelo menos, quatro Mossos, na fuga de Puigdemont para Bruxelas – um episódio no qual supostamente Puigdemont abandonou a sua casa em Girona oculto na mala de um veículo conduzido por um dos seus escoltas – e os trabalhos de proteção realizados por outro Mosso já na capital belga.