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Graça Freitas: Dos 41 casos, “apenas um doente merece particular atenção”

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José Sena Goulão / Lusa

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na Comissão de Saúde

A diretora-geral da Saúde esteve, esta terça-feira, na comissão parlamentar de Saúde, a prestar esclarecimentos aos deputados sobre a resposta ao coronavírus.

Depois de ouvir as perguntas dos vários deputados, na comissão parlamentar de Saúde, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, começou por afirmar que a adaptação ao coronavírus por parte das autoridades é “constante”, ressalvando que “temos um bom dispositivo de saúde pública”.

“Cada um de nós é o seu próprio ambulatório. Muitas das situações têm de ser tratadas em casa. Cerca de 80% das pessoas têm infeção ligeira que pode ser resolvida em casa“, explicou aos deputados.

Entre os 41 infetados confirmados, a responsável declara que só “um doente merece particular atenção” por causa do seu estado clínico.

Sobre a Linha SNS24, que tem registado dificuldades e que já levou até à demissão do seu responsável, Graça Freitas anunciou que vai ser reforçada com enfermeiros e que esta já consegue receber mais de dez mil chamadas por dia. Além disso, revela, já é possível atender 1200 chamadas em simultâneo, quando antes eram apenas 200.

“É um facto que nós estávamos dimensionados para um determinado padrão de procura e que atingimos picos nunca esperados”, reconheceu.

As críticas à capacidade de resposta da linha SNS24 estiveram na base de muitas questões colocadas pelos deputados, tendo Graça Freitas adiantado que estão a ser tomadas medidas para se implementar um algoritmo de triagem mais rápido e eficiente.

“O novo algoritmo vai permitir a segregação de filas e a implementação de prioridade para triagens de Covid-19 e triagem geral. O grande apelo é que as pessoas que só precisam de informação vão ao digital e a outros canais obter informação e que a linha fique para triar”.

O objetivo é ter um algoritmo que permita uma despistagem mais rápida na confirmação de casos, mas a diretora-geral alertou que é preciso “muito cuidado” com a forma como se fazem as alterações, porque “não se podem fazer algoritmos sem ciência”.

“Tem de ser testado por clínicos, por médicos, tudo isto tem os seus timings, a segurança é muito importante. Sei que temos de melhorar. Para mudar o algoritmo temos de consultar os médicos e muita literatura”, disse.

Graça Freitas disse também que os bombeiros de todos os distritos vão receber formação das autoridades de saúde locais ainda esta semana.

Questionada sobre as eventuais corridas aos supermercados, a diretora-geral da Saúde é clara: “Não devemos chegar a este ponto. Que cada um de nós recorra à horta de um amigo. Não açambarquem“.

Graça Freitas seguiu para uma reunião no Ministério da Saúde. Na quarta-feira, será a ministra da Saúde, Marta Temido, a responder às perguntas dos deputados.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Vírus ou especulação? Até agora só matou pessoas que já estavam muito doentes e de idade bastante avançada pois pessoas saudáveis não morrem disto.
    Cheira a negócio!

    • As 4.000 pessoas “não saudáveis” que já morreram estão agora, lá para onde quer que foram, a tentar perceber isso mesmo — se era vírus ou especulação.

    • Cheira a vírus de laboratório gringo misturado com alarmismo e histerismo sabendo que as doenças das vias respiratórias matam 4 milhões de pessoas anualmente no globo

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