Henrique Martins, ex-presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), foi afastado da entidade responsável pela Linha SNS24 dias após ter avisado o ministério que o serviço podia colapsar com o aumento da procura motivado pela epidemia de COVID-19.
Em entrevista ao Observador, Henrique Martins explicou que, na tarde de segunda-feira, quando o SNS24 registou um número de chamadas superior ao normal, o SPMS sinalizou a situação à ministra da saúde, avisando que era necessário “uma ação urgente de mais equipas de enfermagem na manhã seguinte”.
De acordo com o ex-responsável, Marta Temido respondeu que a situação devia ser tratada com a secretária de Estado, contacto esse feito na madrugada de segunda para terça-feira. “De madrugada contactei o secretário de Estado com um despacho sobre isso. Durante esse dia, não obtive resposta nenhuma. Na quarta-feira de manhã é que falámos sobre este assunto”, contou ao Observador.
Para Henriques Martins, a raiz do problema está nos cortes orçamentais que começaram em 2018. Este ano, o valor atribuído a esta entidade é de 76,3 milhões de euros – em 2019 foi de 85,2 milhões e em 2018 de 90,4 milhões.
Estes valores são tão baixos que, segundo Henrique Martins, o SNS24 não conseguiria operar com normalidade até ao final do ano mesmo se não houvesse a atual crise de coronavírus.
Em relação às notícias sobre o SNS24 não ter atendido 25% das chamadas na segunda-feira, Henrique Martins explica que “o operador cumpriu o contrato”, que prevê o atendimento de 10 mil chamadas por dia. O problema esteve na falta de enfermeiros.
Henrique Martins disse ainda que o seu afastamento do SPMS “só pode ter sido [fruto do] incómodo” pelos avisos que enviou ao Ministério de Saúde sobre as consequências que a redução de orçamento prevista para este ano teria na Linha de Saúde 24.
O Governo decidiu afastar Henrique Martins, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a entidade responsável pela Linha SNS24, na quarta-feira. Henrique Martins disse ter sido “apanhado de surpresa” quando foi informado esta quarta-feira pessoalmente pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, de que não iria ser reconduzido.
O ex-secretário de Estado Luís Goes Pinheiro é o novo responsável pela Linha Saúde 24.
Coronavírus / Covid-19
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o estado do Estado xuxalista.
mas não viviamos no paraíso após a magnífica governação da extrema esquerda?
mas presumo que não irão faltar os mil milhões de euros para o buraco Nova Desgraça (banco).
Tudo a ser um facto, no mínimo suspeito. Alguém chama atenção de algo que poderá acontecer e acabar despedido?
Ninguém investiga isto?
Já se sabe que numa verdadeira democracia, se chateias muito vais “borda fora”.
Este tipo de procedimento agora é democracia? Não isto são atitudes dos fascistas.
Evidentemente, não percebeste a ironia…
O “rapazinho do CDS” julgava ter encontrado o “tacho” certo para o resto da vida! Ofereceu-se para continuar, sabendo que a sua comissão de serviço estava a acabar e portanto já tinha um pé no meio da rua. Mesmo assim, tentou forçar a permanência, como se o mundo fosse acabar pela sua saída!! Nomeado em 2013 pelo governo do PPD/CDS, o militante deste último partido não se conformou com a aplicação da lei do fim dos mandatos. Culpa o governo, claro! A entidade patronal respeitou o mandato que lhe foi atribuído, mas o “rapazinho” achou que tinha direito a “tacho perpétuo” porque seria insubstituível! Fez uma triste figura na SIC (órgão oficioso do PPD/CDS) e daqui a uma semana ninguém se lembrará que este crápula existe!