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Governo admite adotar medidas adicionais nos concelhos mais afetados pela pandemia

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado Adjunto, Tiago Antunes

Tiago Antunes, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, admitiu regras ainda mais restritas para os concelhos mais afetados pela pandemia de covid-19.

Em declarações à RTP3, Tiago Antunes, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, admitiu regras ainda mais restritas para os concelhos mais afetados pela pandemia.

“Teremos de ter medidas ainda mais intensas naqueles concelhos onde existe transmissão comunitária ativa. Será preciso fazer uma distinção e tomar medidas que sejam mais específicas para aqueles concelhos que estão numa situação mais preocupante e com um risco maior de infeção”, disse, citado pelo ECO.

“As medidas para os 121 concelhos estão em vigor durante 15 dias e vão ser revistas quinzenalmente”, lembrou ainda o responsável.

As declarações do secretário de Estado são justificadas pelo facto de existirem “diferenças muito assinaláveis” na situação dos 121 concelhos. “Temos concelhos que estão acima da fronteira dos 240 novos casos por 100 mil habitantes, como temos concelhos menos afetados. Teremos de ter ainda medidas mais intensas naqueles concelhos onde há transmissão comunitária ativa”, disse.

Nesse sentido, Tiago Antunes sublinhou que será preciso fazer “uma distinção e tomar medidas que sejam mais específicas para aqueles concelhos que estão numa situação mais preocupante e com um risco maior de infeção”.

“Vamos voltar a ver os números, o critérios é o mesmo mais de 240 novos casos por 100 mil habitantes, porque podem existir concelhos onde a situação tenha melhorado e que possam sair destas restrições e podem existir concelhos que entrem nestas restrições”, acrescentou.

Esta segunda-feira, em declarações à TSF, a ministra Mariana Vieira da Silva afirmou que as pessoas devem focar-se na “regra de ficar em casa” e não nas exceções, quando confrontada com as exceções à regra do recolher obrigatório que permitem, por exemplo, pequenos passeios.

Mais do que as exceções, importa a regra. A regra é ficar em casa“, sublinhou.

“Importa-nos, em primeiro lugar, compreender a regra, e a regra, num momento em que o país tem, no dia de ontem, 5.784 casos, mais internados nas unidades de cuidados intensivos (neste momento, já são 378), é podermos ficar em casa sempre que tal for possível”, afirmou.

“O mais importante neste momento é podermos ficar em casa, diminuindo ao mínimo os nossos contactos socais, podendo trabalhar, podendo ir à escola e podendo fazer algumas outras coisas, mas num contexto a que, a cada dia, devemos procurar restringir o mais que podemos os nossos contactos sociais. É a única maneira”, referiu ainda a ministra de Estado e da Presidência.

ZAP //

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