Há uma palavra que denuncia que está a mentir. Nunca a use

A maioria das pessoas pensa que consegue identificar um mentiroso através da linguagem corporal—olhos esquivos, mãos inquietas, energia nervosa. Mas segundo um advogado, a verdadeira pista pode estar escondida no vocabulário.

Segundo uma conhecida anedota, há uma forma infalível de perceber que um advogado está a mentir: os seus lábios estão a mexer-se.

Mas isso é uma anedota. No mundo real, os advogados nunca mentem, claro — pelo contrário, são especialistas em descobrir quem está a mentir, recorrendo a pequenas pistas que denunciam os pinóquios.

Jefferson Fisher, um advogado do Texas e coach de comunicação, diz que as pessoas que mentem frequentemente recorrem a palavras extremas, especialmente uma palavra em particular.

Nuncaé um sinal de alarme, diz Fisher no podcast The Diary of a CEO. “A palavra nunca é um extremo. Os extremos são uma clara indicação de que normalmente não estão a dizer a verdade.”

Fisher dá um exemplo concreto passado em tribunal.  Quando alguém é questionado se estava a enviar SMS enquanto conduz, uma resposta enganosa é habitualmente algo como: “Não, nunca envio mensagens quando conduzo”.

À superfície, soa confiante — demasiado confiante. “Toda a gente envia mensagens enquanto conduz em algum momento”, explica Fisher. “É por isso que a nunca palavra se destaca.”

Não é apenas o que é dito, mas a forma como se diz. Os mentirosos, diz Fisher, respondem imediatamente, sem parar para pensar — porque não estão realmente a recordar uma memória. Estão a saltar diretamente para uma versão ensaiada da verdade.

Então, como confrontar um mentiroso sem escalar a situação?

Fisher recomenda que se repita o extremo utilizado pela pessoa, lenta e deliberadamente: “Nunca envias mensagens enquanto conduzes?”

Essa frase, dita calmamente, consegue abalar uma mentira. “O que fazem então frequentemente é dizer: ‘Bem, quer dizer, às vezes conduzo‘”, disse Fisher.

Esse momento de recuo é a revelação. Mas, realça Fisher, “nesse preciso momento não queremos confrontar o mentiroso: em vez disso, devemos dar-lhe uma saída. Dizer algo como se ‘estavas a enviar mensagens, não faz mal‘ alivia a pressão, pode abrir a porta à honestidade”.

Mas há uma estratégia ainda melhor, diz Fisher: usar o silêncio.

O silêncio é o inimigo supremo dos mentirosos. Criam diálogos connosco nas suas mentes. Uma pausa, mesmo de apenas cinco segundos, pode deixar um mentiroso tão desconfortável que começa a dar explicações — sem que ninguém lhe tenha perguntado nada.

ZAP //

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