PS, Bloco de Esquerda e PCP querem precipitar o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
A ideia terá sido discutida na reunião de coordenadores da CPI, nesta sexta-feira, e está a gerar a revolta da direita.
O Público apurou que os três partidos de esquerda querem “fazer mais quatro audições e terminar os trabalhos do inquérito parlamentar”.
A CPI foi prolongada, na semana passada, por mais 60 dias. Mas PS, BE e PCP não pretendem ouvir mais ninguém além de Nogueira Leite, Álvaro Nascimento e representantes do Tribunal de Contas e da Inspecção-Geral das Finanças, audiências que já estavam estipuladas.
“Os três partidos querem fazer estas audições mesmo antes de o Parlamento receber os documentos que tinha pedido às autoridades, impedindo assim que a documentação chegue aos deputados, uma vez que a comissão de inquérito deixa de existir”, afiança o Público.
O argumento de socialistas, bloquistas e comunistas é de que “não há novas informações nem novos factos”, refere o diário.
CDS acusa esquerda de ter algo “a temer”
O CDS já reagiu com revolta a esta posição que define como “um boicote da esquerda” à CPI, conforme cita o mesmo jornal.
Em conferência de imprensa, o deputado João Almeida refere que a esquerda quer “terminar a comissão antes que se conheçam os documentos” que o Parlamento solicitou a CGD, Banco de Portugal e CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários).
“Se não houvesse nada a temer, deixariam que a comissão de inquérito continuasse“, acrescenta João Almeida, segundo o Público.
O CDS tem ainda, intenções de ouvir na CPI Armando Vara, ex-administrador da CGD, e o ministro das Finanças, Mário Centeno.