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Decisão “dolorosa”, mas Santuário de Fátima mantém 13 de maio sem peregrinos

José Gomes / Flickr

As celebrações do 13 de maio não vão ter peregrinos no Santuário de Fátima, confirmou, este domingo, o cardeal Dom António Marto.

Apesar de o Governo ter demonstrado abertura para haver no Santuário de Fátima uma situação de exceção como a verificada nas celebrações do 1.º de Maio, a Igreja decidiu manter a sua decisão inicial.

“Tendo surgido informações de que o Santuário de Fátima poderia fazer a peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de maio com a presença dos peregrinos no recinto de oração, o bispo de Leiria-Fatima, cardeal D. António Marto, esclarece que se mantém a decisão anteriormente anunciada de realizar estas celebrações com o recinto fechado, sem a habitual participação de peregrinos”, refere um comunicado do gabinete do bispo de Leiria-Fátima, citado pelo semanário Expresso.

“A decisão da Igreja Católica de seguir as indicações das autoridades civis no sentido de suspender as celebrações religiosas decorre da responsabilidade de fazer o que está ao seu alcance para não colocar em perigo a saúde pública, em sintonia com o mandato evangélico do amor ao próximo”, lê-se na mesma nota.

A Igreja considera “que um aglomerado de pessoas na Cova da Iria a 12 e 13 de maio, numa altura em que o risco epidémico é elevado, contraria as orientações das autoridades de saúde” e, por isso, “numa atitude de colaboração com as competentes autoridades civis”, respeita “as orientações de realizar estas celebrações com uma presença simbólica de participantes, intervenientes na celebração e funcionários do Santuário de Fátima.”

“Por mais que o nosso coração desejasse estar em Fátima a celebrar comunitariamente neste lugar como acontece desde 1917, a prudência aconselha-nos que desta vez não seja assim. Mantemos esta opção dolorosa na expectativa de quanto antes podermos ter neste Santuário as multidões que na alegria da fé se reúnem para celebrar e rezar.”

Este sábado, numa entrevista à SIC, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que as celebrações do 13 de maio eram “uma possibilidade”, desde que sejam uma opção dos organizadores e cumpridas as regras sanitárias.

ZAP //

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