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Comissão executiva da PT não aprovou nem discutiu aplicações na Rioforte

telecom.pt

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro na CE da PT

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro na CE da PT

A administração da Portugal Telecom (PT) esclareceu esta quinta-feira que as aplicações no papel comercial da Rio Forte, do Grupo Espírito Santo (GES), não foram aprovadas nem discutidas pelo conselho de administração e comissão executiva da operadora.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a administração “clarifica que, em relação às aplicações de tesouraria na Rio Forte Investments S.A., nem o conselho de administração nem a comissão executiva da PT aprovaram ou discutiram, antes das notícias veiculadas na comunicação social no final de junho, essas aplicações”.

Uma das dúvidas que fica é saber quem aprovou a subscrição de 897 milhões de euros na Rio Forte, empresa do Grupo Espírito Santo, que falhou o pagamento na data prevista.

Acrescenta ainda que “mandatou diretamente a PriceWaterhouseCoopers (PWC) para analisar, de forma independente, os procedimentos e atos relativos a este assunto até à data e realizar uma análise abrangente de todos os aspetos relevantes relacionados com as aplicações de tesouraria em entidades do Grupo Espírito Santo”.

Henrique Granadeiro apresentou esta quinta-feira, na reunião do conselho de administração, a renúncia a todos os cargos que mantém na empresa.

A sua demissão acontece um dia depois do ministro da Economia, António Pires de Lima, ter tecido duras críticas à atuação da administração da PT, no âmbito da crise do BES/Grupo Espírito Santo.

O investimento de quase 900 milhões de euros na Rioforte já tinha tido consequências, no âmbito da fusão entre a PT e a brasileira Oi.

A 29 de julho, num comunicado ao mercado, a Oi dava conta das novas etapas da operação de reorganização societária, depois de um novo acordo que acomodou a situação da PT ter investido na Rio Forte, e avançava que Granadeiro já não faria parte do conselho de administração da nova empresa resultante da fusão, cujo acordo inicial, divulgado em outubro de 2013, previa que fosse vice-presidente.

A assembleia geral de acionistas da PT está agendada para 08 de setembro.

/Lusa

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