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Cibercrime dispara em Portugal. “Já foi roubado muito dinheiro”

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O cibercrime está aumentar em Portugal desde o início da pandemia de covid-19. Muitas pequenas e médias empresas (PME), por exemplo, já sofreram danos pesados.

Na semana passada, ficou a saber-se que a rede internacional de piratas informáticos Cyberteam atacou os serviços da EDP e da Altice Portugal. De acordo com a rádio TSF, estas são apenas duas das dezenas de empresas que foram atacadas este mês.

A rádio avança que na lista de vítimas também se encontram o Ministério da Saúde, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Portal das Finanças, o Ministério da Administração Interna (MAI), o Sporting, o Benfica, o Portimonense, a Universidade dos Açores e de Lisboa, a Caixa Agrícola, o BBVA Portugal, entre muitos outros.

“Já foi possível roubar muito dinheiro. Tem sido assustador“, diz à TSF Bruno Castro, fundador da Visionware, empresa especializada em segurança informática, cibercrime e ciberterrorismo. Em 15 anos no mercado, o especialista diz que nunca teve tanto trabalho como nos últimos dois meses.

“Estamos em trabalho contínuo. São fins-de-semana e noites para conseguir responder ao volume de pedidos de ajuda que temos recebido porque, efetivamente, tem havido um crescimento exponencial de ataques com sucesso, comparativamente ao que teríamos há três meses”.

Segundo a TSF, os ataques aumentaram devido ao crescimento do teletrabalho, na sequência da pandemia de covid-19. “Estamos completamente expostos às ameaças do mundo cibernauta, sem estarmos protegidos pelo ‘guarda-chuva’ da nossa empresa.

Como as empresas tiveram de se adaptar à pressa a este novo regime de trabalho, houve muitas pequenas e médias empresas (PME) que já sofreram danos pesados, onde já houve ataques “com cinco ou seis transferências de meio milhão de euros ao longo de semanas, que não foram detetadas até o banco avisar que já não havia saldo na conta”, exemplifica Bruno Castro.

As crianças são outro alvo, segundo o especialista em segurança informática. “Com a pandemia, é impossível dizer que não às crianças. Têm de continuar na Internet para acompanhar as aulas e comunicar com os amigos, mas os pais não devem baixar a guarda. Vamos ter muitos casos de crimes sobre crianças. Não tenho dúvidas sobre isso.”

A rádio diz que o grupo de hackers tem em marcha a chamada “Operação 25 de abril” e já anunciou que se apoderou de 86 bancos de dados desde o início de abril.

ZAP //

1 Comment

  1. isto não são “piratas informáticos” são mesmo bandidagem reles e sem escrúpulos devem mesmo ser tratados por sabujos chungosos os piratas informáticos atacam para combater e denunciar o que está mal no reino da internet.

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