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China detecta pela primeira vez vírus em alimentos congelados produzidos no país

As autoridades de uma cidade do Leste da China anunciaram esta quarta-feira que encontraram, pela primeira vez, vestígios do novo coronavírus numa embalagem de carne de frango congelada de produção doméstica, noticiou a imprensa oficial.

A China relatou nos últimos meses vários casos em que detetou vestígios de SARS-CoV-2 em embalagens de alimentos congelados oriundos de outros países, entre os quais o Brasil foi particularmente visado.

Mas a Organização Mundial da Saúde tem sublinhado que não há provas de que os alimentos ou a cadeia alimentar estejam a participar na transmissão deste vírus.

O Centro de Prevenção de Doenças de Lai’an​, na cidade de Chuzhou, província de Anhui, indicou que os testes a um lote de coxas de frango congeladas de uma fábrica local da multinacional norte-americana Cargill foram positivos para o novo coronavírus.

A nota, divulgada pelas autoridades de Chuzhou, explicou que “medidas de emergência foram imediatamente adotadas”, incluindo a realização de testes a mais de 2700 funcionários. Nenhum obteve, até à data, resultado positivo.

Mais de 260 testes foram também realizados em veículos de transporte de alimentos congelados ou linhas de produção, mas também não acusaram o vírus. Pequim aumentou a regulação para importação de produtos alimentares congelados, incluindo a realização de testes em embalagens de bens oriundos de países fortemente atingidos pela pandemia.

As autoridades chinesas argumentaram que os alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal fonte de novos surtos no país, uma vez que as cadeias de transmissão locais foram praticamente eliminadas.

A imprensa oficial tem mesmo sugerido que o surto inicial da pandemia, registado no centro do país, poderá estar relacionado com a importação de bens congelados, sem apresentar, contudo, provas.

// Lusa

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