A China está em alerta após Urumqi, capital da região de Xinjiang, ter detetado novas infeções de covid-19. A cidade suspendeu rapidamente os transportes públicos e a maior parte do voos. Entretanto, as autoridades chinesas estão a exigir um teste negativo e uma quarentena de 14 dias a quem vem de Hong Kong.
A capital da região de Xinjiang, na China, está em alerta após ter detetado várias novas infeções de covid-19, de acordo com o Diário de Notícias. A região reduziu a maioria dos voos para a cidade esta sexta-feira, fechou o metro e suspendeu o serviço de autocarros.
Até agora, foram detetados pelo menos cinco casos relacionados com Urumqi, capital de Xinjiang, incluindo um homem que foi confirmado positivo depois de viajar da cidade para a província de Zhejiang.
As autoridades da aviação anunciaram que 89% dos voos foram cancelados e o sistema de metro anunciou que a única linha da cidade foi encerrada ao final de quinta-feira. Não foi indicado quando é que o serviço normal do metropolitano poderia ser retomado.
Os serviços públicos de autocarros também foram suspensos e os veículos foram submetidos a desinfeção completa. Os funcionários vão ser obrigados a fazer os testes de despiste à covid-19.
As notícias de novos casos levaram os meios de comunicação estatais a emitir garantias de que os supermercados tinham stock de alimentos, numa aparente tentativa de desencorajar a compra em massa.
As autoridades chinesas estão a exigir a quem viaja para a China continental, a partir de Hong Kong, que apresente um teste negativo para a covid-19, realizado nos últimos três dias, e que cumpra 14 dias em quarentena. Exceções incluem estudantes e camionistas, que têm de atravessar a fronteira diariamente, ou “empresários importantes” e outras figuras, segundo o aviso emitido pelas autoridades da China.
A decisão surgiu após a região semiautónoma da China ter registado um novo surto. Hong Kong registou 67 novos casos de infeções pelo novo coronavírus na quinta-feira, o maior aumento de diário de sempre. As autoridades disseram que 63 foram transmitidas localmente e que não conseguiram localizar a fonte de 35 dos infetados.
Os novos casos ilustram a dificuldade contínua que a China enfrenta para eliminar o contágio, que surgiu na cidade de Wuhan, no centro da China, no final do ano passado, antes de se espalhar por todo o país e globalmente. As medidas restritivas e os testes generalizados de despiste à covid-19 colocaram o surto sob controlo dentro das fronteiras chinesas. No entanto, surgiu um novo surto em Pequim em junho, tendo infetado mais de 330 pessoas antes de ser contido.
A China registou um total de mais de 83 mil infeções e 4.634 mortes.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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