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Novo surto em Hong Kong encerra todas as escolas. Ásia Central regressa ao confinamento

Hong Kong encerrou todas as escolas depois de surgir um novo surto de 42 casos de covid-19 esta quinta-feiras. Destes, 34 são de transmissão local.

De acordo com o jornal chinês South China Morning Post, Kevin Yeung, ministro da Educação de Hong Kong, anunciou que as escolas encerram a partir de segunda-feira, antecipando o período de férias previsto.

Esta quinta-feira, surgiu um novo surto de 42 casos positivos de covid-19, 34 dos quais são de transmissão local, marcando o segundo dia consecutivo de aumento de infecções locais. Segundo Yeung, alguns dos casos recentes envolvem estudantes e os respetivos pais.

As escolas do centro financeiro asiático estão praticamente fechadas desde fevereiro, com muitas a mudar para a aprendizagem remota e aulas por videoconferência. Muitas escolas internacionais já entraram de férias de verão.

As autoridades locais ponderam ainda fazer uma evacuação em massa de um bairro residencial esta sexta-feira depois de 11 habitantes terem testado positivo. Entre 1.400 a 1.500 pessoas devem ter de sair de casa nas próximas horas.

Segundo uma fonte médica local, ouvida pelo jornal chinês, há pelo menos 30 novos casos, grande parte ligados ao bairro residencial em Ming Chuen House.

O número total de casos na cidade desde o final de janeiro agora é de 1.366. Sete pessoas morreram.

Hong Kong não é o único país asiático a sofrer novos surtos. A Coreia do Sul, por exemplo, admitiu estar a enfrentar uma segunda vaga de casos de contágio de covid-19 no país. Um fim de semana prolongado no início de maio marcou o início desse período.

Na China, país onde surgiu o primeiro surto que se espalhou pelo mundo, também começaram a surgir surtos locais em Pequim, o que levou a capital a declarar “estado de guerra”.

Também os países da Ásia Central, como o Quirguistão, o Uzbequistão e o Cazaquistão, enfrentam um ressurgimento de casos de covid-19 depois de terem relaxado as medidas de prevenção em maio. De acordo com a Reuters, os novos casos estão a levar à exaustão dos sistemas de cuidados de saúde.

As autoridades do Uzbequistão, o país mais populoso da região, anunciaram um segundo confinamento, que começa esta sexta-feira e se prolonga até 1 de agosto, com o encerramento de centros comerciais, cafés, restaurantes, parques e salas de espetáculos. Com 34 milhões de habitantes, reportou 11.723 casos e 52 mortes.

O Cazaquistão já está num segundo confinamento desde domingo, depois de os casos de infeção terem triplicado no mês passado. As autoridades estão a converter arenas de desporto e hotéis em hospitais temporários e a mobilizar estagiários, recém-licenciados e médicos afastados devido a acusações criminais. O Cazaquistão reportou 54.747 casos e 264 mortes.

Com uma população de 6,5 milhões, o Quirguistão registou um aumento das infeções com o novo coronavírus em junho. Tem atualmente 9.358 casos confirmados e 122 mortes. O Governo quirguiz poderou reintroduzir um estado de emergência mas acabou por não o fazer.

Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a pandemia “não está controlada na maior parte dos países, está a piorar”.

A pandemia de covid-19 já infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 554 mil. Há 6,7 milhões de recuperados.

ZAP //

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