O ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, acredita que a União Europeia vai conseguir ultrapassar a crise económica provocada pela pandemia de covid-19 de forma “relativamente rápida”.
Em entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag, Centeno disse que esta crise não é a mesma de 2008 e que, face a esse período, agora, a União Europeia tem “instituições mais fortes, bancos mais fortes, finanças públicas mais fortes e uma posição comercial equilibrada”.
Na entrevista, de acordo com a Renascença, o presidente do Eurogrupo elogiou a proposta conjunta de França e Alemanha, dizendo ser “um passo corajoso na direção para ultrapassar a crise”.
“Este enorme estímulo acelerará fortemente a recuperação económica. Na atual previsão da UE, a Alemanha atingirá os níveis de PIB de 2019, no final de 2021. Nem todos os países da UE são capazes de combater a crise com tanto sucesso quanto a Alemanha, porque não possuem o mesmo poder. Mas até ao final de 2022, a maioria, senão todos, dos países da UE retornará aos níveis do PIB em 2019″, afiança.
O plano conjunto de Angela Merkel e Emmanuel Macron para responder à crise da covid-19 consiste um fundo de recuperação de 500 mil milhões a entregue a fundo perdido às economias mais afetadas. Os Países Baixos, Áustria, Suécia e Dinamarca opõem-se a este plano e propõem um veículo de empréstimos “temporários”, em “condições favoráveis”, concedidos tendo como contrapartida que os países beneficiários promovam reformas estruturais nas suas economias para assegurar que estarão “mais bem preparados para a próxima crise“.
De acordo com a TSF, o ministro reconheceu que as negociações vão ser difíceis, mas pretende que haja acordo antes do verão, para dar garantias aos cidadãos, empresas, mercados e dar credibilidade à resposta europeia.
“[As pessoas] temem pela sua saúde e pela segurança: isto é uma questão de vida ou de morte. As pessoas perderam os seus pais, as suas mães e os seus avós nas últimas semanas e estão extremamente sensíveis em relação a esta questão – e, com razão, têm uma expectativa de solidariedade por parte da UE”, explicou o ministro.
Para Centeno, apesar destes dados não serem “motivo para celebrar”, a crise “não é o fim do mundo”. “Podemos ter certeza de uma recuperação relativamente rápida“, sublinhou.
Recandidatura ao Eurogrupo
Questionado sobre a sua continuação como presidente do Eurogrupo, de acordo com o Notícias ao Minuto, Centeno não falou sobre a sua decisão, dizendo apenas ser expetável que o seu futuro não passe pelo cargo, tendo em conta que deixará o Governo este ano. “O meu mandato termina no dia 13 de julho e vou informar os meus colegas, durante as próximas semanas, se vou concorrer a um segundo mandato”, disse.
Quanto ao regresso dos turistas alemães a solo português, Centeno disse não vê “problema” e mostrou-se confiante de que o país poderá receber turistas no verão.
“Portugal foi relativamente bem sucedido no combate à pandemia. Estamos agora a trabalhar com a Alemanha e outros países para garantir que o turismo e as viagens aéreas estão prontas e seguras para o período de verão. Portanto, estou certo de que no verão poderemos receber turistas”, rematou.
Coronavírus / Covid-19
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QUE FALTA DE ÉTICA E DE CHARME!….
Que moralidade e que ética terá um ministro que se diz a prazo, em pronunciar-se sobre um futuro que segundo ele já não lhe pertence?…Já está a fazer um “Caderno de Encargos”, que ele sabe impossível de cumprir ao seu substituto…