O primeiro-ministro cumpre nesta terça-feira, em Rabat, Marrocos, o segundo e último dia da 13.ª Cimeira Luso-Marroquina, tendo como tema central o projecto de construção de um cabo para interconexão eléctrica, com 220 quilómetros, entre os dois países.
“O principal desafio que temos é o de estabelecermos a interconexão eléctrica. É uma oportunidade para podermos, de modo sustentável, contribuir para baixar e termos uma melhor factura energética“, sustentou António Costa, no final do primeiro dia de cimeira.
Este projecto de investimento para a construção do cabo de interligação eléctrica deve arrancar no primeiro semestre de 2018 e está avaliado entre 500 e 700 milhões de euros, tendo como modelo técnico e financeiro o esquema de operação usado na ligação edificada entre a Holanda e o Reino Unido, que custou cerca de 600 milhões de euros.
No plano técnico, esta interligação eléctrica permitirá a Portugal vender energia a Marrocos em alguns momentos de um determinado dia e, eventualmente, comprar em outras alturas desse mesmo dia. “O transporte de energia far-se-á nos dois sentidos”, referiu.
De acordo com os estudos, que se encontram em fase de conclusão, o cabo deverá ligar a zona de Tavira, no Algarve, à cidade marroquina de Tânger.
Com esta interligação eléctrica “será reforçada a segurança do abastecimento energético dos dois países, através de uma maior diversificação das fontes de energia”, referiu também o primeiro-ministro.
Agora, só falta que “surjam os investimentos para a concretização desta obra”, notou, realçando que “esta é uma das prioridades das relações com Marrocos nos próximos anos”.
Exportações para Marrocos em alta
No que respeita ao quadro global de relações económicas entre Portugal e Marrocos, o primeiro-ministro salientou a existência de mais de três centenas de empresas portuguesas com investimentos neste país.
“As exportações para Marrocos têm vindo a subir significativamente e há também investimentos marroquinos em Portugal. Há ainda a possibilidade de empresas marroquinas e portuguesas trabalharem em conjunto em vários países africanos onde estão presentes”, acentuou António Costa.
A passagem do governante por Rabat prevê encontros com empresários portugueses, a participação na abertura do fórum empresarial luso-marroquino e a assinatura de acordos bilaterais com o Governo marroquino.
ZAP // Lusa
Hummmm. Alguém fez bem as contas a isso tudo? É que em Marrocos há muito sol e qualquer dia poderão usá-lo para produzir energia. E nesse caso estaríamos a construir uma via para… importarmos. Fizeram bem as continhas todas, agora que o homem das contas está a monte para a Europa?
Grande MENTIROSO !!!
O cabo liga Portugal a Marrocos, torna a energia mais barata, a EDP aumenta os lucros e o zé povo continua a pagar o mesmo (ou mais!)
Quando o Tosta conseguir tirar das nossas facturas os valores de CMEC, ou Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual, uma das maiores fontes de receita, e de lucro, da EDP em Portugal, a gente começa a acreditar no aldrabão.
Concordo com os outros comentários.
Infelizmente isto são ideais que não são aplicados. Tal como os enormes parques foto-voltaicos no Alentejo e dezenas de parques eólicos espalhados pelo centro e norte de Portugal, deviam baixar a factura. Continuamos a pagar o mesmo ou até mais para pagar o investimento. Quando dão lucro, é prémios para os gestores.
Mais uma para gastarem o pouco que têm, quando a avaliação é de 500 a 700 milhões , no fim será como sempre, sobe para 1000 milhões e teremos a luz ao mesmo preço ou mais cara porque gastaram mais que o avaliado!!!!
e alguém vai andar de luvas… no verão