O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, assegurou, esta segunda-feira, que as notas dos 2.º período serão publicadas. Porém, a forma como o 3.º período vai decorrer ainda é incerta.
Em entrevista à Renascença, Tiago Brandão Rodrigues assegurou que as notas referentes ao 2.º período serão publicadas, de acordo com as garantias recebidas de todas as escolas. Para o ministro, este é “um primeiro objetivo foi alcançado”.
Porém, o grua de incerteza é maior quando se fala do 3.º período. O ministro da Educação ainda não tem decisão definitiva sobre como vai decorrer, mas diz que “tudo indica que aulas serão à distância”.
O modelo a adotar para garantir que o ensino à distância chegue a todos os alunos ainda está em avaliação, mas Brandão Rodrigues aponte que a opção pela distribuição de conteúdos pela Televisão Digital Terrestre (TDT) é um cenário muito provável.
Numa entrevista ao Porto Canal, Siza Vieira, ministro da Economia, disse que o Governo está a estudar soluções que garantam que todos os alunos têm acesso aos conteúdos educativos no 3.º período, que podem passar por canais “do estilo YouTube”, que permitem a transmissão de vários conteúdos em simultâneo, ou por fazer chegar os conteúdos pela televisão por cabo.
Tiago Brandão Rodrigues remete para 9 de abril o anúncio de todas as decisões sobre como irá terminar o ano letivo. O ministro vai anunciar decisões sobre as provas de aferição e aos exames do 9º ano de escolaridade.
Relativamente aos exames no 11º e 12º anos, o ministro da Educação diz estar apostado em conseguir um “processo justo” e ponderado “com auscultação das escolas e das associações de pais”.
Por outro lado, Brandão Rodrigues não admite uma passagem administrativa para todos os estudantes, com o ano escolar a terminar mais cedo – hipótese levantada pelo ex-ministro da educação Marçal Grilo, numa entrevista à Renascença.
Em relação aos pedidos dos estudantes do Ensino Superior para que o pagamento de propinas seja suspenso, o ministro sublinha que o tema é da esfera do ministro da Ciência e Tecnologia. Porém, Brandão Rodrigues nota que “as aulas não presenciais têm sido uma constante no ensino superior”.
Pois, e que tal assumir que não é possível, pelo menos para já, dar aulas com o mínimo da qualidade pretendida, nem assegurar que todos os alunos possuem os meios necessários para aulas à distância (nomeadamente uma ligação à net e um computador/tablet) e fazer as férias escolares enquanto estamos em isolamento social, para compensar depois, quando o risco baixar, o que deve acontecer lá para o verão.
No fundo era ter férias agora e depois ter aulas no verão.
Ou será que ir de férias no verão, para a praia ou um destino turístico qualquer, ainda é o mais importante?
Mas que férias?!!! Tem andado por este mundo nos últimos tempos?!!
Quais férias? As férias que são possíveis, considerando a situação actual.
De facto meio país está de férias. Férias diferentes, mas de férias, pois não está a produzir. E por isso mesmo será necessário trabalhar bem quando a situação permitir.
Fingir que se está a trabalhar nos dias de hoje e querer gozar as férias no verão, quando o país precisará de recuperar, será um erro muito grande.
Na situação actual, em que muitos portugueses não conseguem produzir porque estão em isolamento social, o melhor que se poderá fazer é gastar dias de férias. De trabalhar vamos precisar nós todos, incluindo professores e alunos, quando a situação acalmar. Só assim poderemos recuperar…