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Afinal, há um plano B para o chumbo da redução da TSU

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O governo não o admite oficialmente, mas na manga já tem um plano B para lidar com o previsível chumbo à descida da Taxa Social Única (TSU), com os votos contra de PSD, Bloco de Esquerda e PCP.

Os patrões recusam, para já, falar em plano B e querem esperar para ver como vai decorrer o debate no Parlamento, mas o governo já terá na forja alternativas para lidar com a previsível rejeição da redução da TSU. Esta teoria é avançada pelos jornais Expresso e Sol nas respectivas edições impressas deste sábado.

O Expresso adianta que o governo admite aumentar os apoios à contratação a termo para compensar as empresas pelos 40 milhões de euros que se prevê que paguem, caso a TSU não desça a partir de Fevereiro próximo.

Já o Sol adianta com as hipóteses de redução da factura energética e dos custos com combustíveis, notando que o governo também, equaciona melhorar as condições de acesso das empresas ao crédito e reduzir o valor do pagamento especial por conta.

Mas, para já, o PS vai esperar para ver como corre “o jogo” no Parlamento e o Sol nota que a estratégia de António Costa é que “o ónus do rasgar do acordo [da concertação social] fique todo do lado do PSD“, o que se deverá confirmar com a abstenção do CDS.

Patrões rejeitam ‘plano B’ até terminar negociação

As confederações patronais afirmam que, neste momento, não avaliam “nenhuma alternativa” à redução da TSU até que a negociação no Parlamento, na próxima quarta-feira, esteja “esgotada”.

Não falámos em nenhuma alternativa nem com o Governo nem com o senhor Presidente da República sobre esta matéria. As alternativas que tínhamos a negociar, negociámos durante quatro meses para chegar à assinatura do acordo no dia 22 [de Dezembro]. Não vamos abrir novamente esse ‘dossier’ enquanto esta fase da negociação, agora na Assembleia da República, não estiver esgotada”, afirma o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, em declarações à Lusa.

João Machado fala em nome das quatro confederações patronais – CAP, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP) – que na sexta-feira, foram recebidas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém.

ZAP // Lusa

18 Comments

  1. Já deu para perceber que Costa não brinca em serviço, não já?
    É assim, “com uma cajadada mata 2 coelhos”.
    – 1- Sobe o ordenado mínimo. 2- Aumenta o descrédito em Passos Coelho.
    Afinal geringonças já são duas: – Uma com a esquerda e o PS. Outra com a esquerda e a direita.
    Só que a primeira sempre vai funcionando para o melhor. A outra para o pior não funciona.
    Porque se mete Passos Coelho em geringonças?

  2. Costa conta sempre com uns milhares de burros que lhe vão aparando os golpes de chico esperto.
    É fácil de ver que Costa tem maioria no parlamento e deveria ter negociado com a extrema esquerda antes de assinar um acordo com as entidades patronais.
    No mínimo deveria ter garantido (por meio de conversações) que o PSD não votaria contra.
    Mas isso era pedir muito à sua arrogância e burrice.
    Se os patrões não aceitarem o plano B, veremos o que Costa tem na manga.

    Tentar passar o ónus da culpa para cima do PSD (que é oposição), poderá enganar alguns parvos. Mas há muitos mais que não se deixam tomar por parvos !

  3. Nunca vi em Portugal um governo tão baralhado e aldrabão como o de Bosta! O futuro dirá se o de Sócrates foi pior ou ainda menos mau do que o actual! Só aldrúbias!

    • Já não se lembra, por exemplo, das medidas inconstitucionais do anterior governo, Maria? Pois é isso e não só isso , é que foi baralhação! Mas já lá vai!
      Este governo, parece perceber que os trabalhadores não devem morrer de fome, mas isso no seu entender, é andar baralhado e ser aldrabão.
      Olhe Maria, anime-se, talvez uma sociedade de robôs a fazer tudo, esteja próxima, aí você Maria, e uns poucos mais, possam deixar os trabalhadores morrer à fome e ser felizes para sempre.

      • Catramolho, esqueces-te que foi o Pinócrates e o seu des-Governo, do qual o Bosta era nr.2 que deixaram o país à beira da bancarrota e chamaram a Troika…

        E diz lá uma medida incobstitucional que tenha entrado em vigor.

      • Essa da bancarrota e de chamar a troika tem muito que se lhe diga…
        Medidas Inconstitucionais que entraram em vigor? Claro que houve. O meu amigo já se esqueceu dos cortes salariais, que foram e são inconstitucionais, mas que o Tribunal Constitucional aceito autorizar, num regime de excepção e meramente transitório?

      • “Tem muito que se lhe diga”? Esperava mais um mês e ia ver a falta do seu salário. Tenha juízo.

  4. É só aldrúbias!!!!!!!! Nunca se viu um (des)governo assim! O PS bem podia remodelar o pessoal que tem no Partido! Que vergonha! Tanta incompetência!

  5. Nunca se viu em Portugal um governo tão baralhado e aldrabão como o de Bosta! O futuro dirá se o de Sócrates foi pior ou ainda menos mau do que o actual! Só aldrúbias!

    • Baralhado e muito, anda Passos Coelho, que pelo vistos já nem se lembra quando quis baixar a TSU aos patrões e aumentar a TSU aos trabalhadores. Ora isso é que é andar baralhado!
      Baralhado? Incompetência? Aldrabão?
      A adjectivação por aqui anda muito trocada!…

      • Pois se calhar não é bem assim como conta mas precisamente ao contrário. Mas espere que vai ver o que o aumento dos funcionários da saúde, colocação nos quadros de um maior número de professores, redução para 35 horas na função pública, CGD ao abandono,… nos vão levar. Alguém paga a fatura.

  6. Passos Coelho coerentemente toma a única decisão que politicamente poderia tomar. Então Costa cria uma geringonça de esquerda para não deixar governar o partido que ganha as eleições e depois quando os partidos de esquerda furam o acordo de governação quer culpar o PSD por não conseguir o tal acordo de esquerda que o deveria apoiar… não lembra ao diabo culpar os outros pelas suas próprias incapacidades! Quer dizer, o Sr Costa quer o apoio da esquerda para determinadas coisas mas quando esses partidos com ele comprometidos lhe tiram o tapete então a responsabilidade de uma Lei não passar passa a ser da oposição e não dos partidos da maioria que não se entendem! Vão gozar com outros…

  7. Há aqui muita “amnésia” realmente.
    Então não foi Passos Coelho que se propunha baixar a TSU em 4% para as entidades patronais, ao mesmo tempo que pretendia agravar a contribuição social dos empregados ( trabalhadores) dos 11,5% para 18% ( numa escabrosa inversão de padrões, com o consequente agravamento do fosso e da desigualdade social, isto é, aliviava patrões para sobrecarregar trabalhadores), que ainda por cima não se refletia em nenhum aumento salarial? Quase que sou levado a pensar que neste fórum devem ser só patrões, ou então há aqui muita gente masoquista. Irra!
    Por fim, discordo desta opção do governo, pois na prática, as entidades patronais aumentam uns miseráveis 0,25% no SMN, todo o valor restante é “pago” pelo Estado, com este “desconto” na taxa social.

    • Epá entre um e outro e os outros venha o diabo e escolha… são todos merda… o que eu fico parvo é que ainda haja gente que os defenda… rsss VOTO EM BRANCO JÁ!!!

  8. Afinal o homem sempre terá que recorrer a um plano B e se não chegar a um C ou D, será melhor no futuro antes que faça um acordo que convide as noivas do casamento para saber se estas estão de acordo ou não com a decisão tomada para que não tenha que fazer figura de palhaço ao vir exigir ao partido mais votado e com o qual rejeitou qualquer forma de diálogo para a formação de governo a colaboração na aprovação do acordo que também este não foi visto nem achado para tal na sua elaboração.

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