Advogado alvo de buscas no caso Sócrates

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José Sena Goulão / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

O juiz Carlos Alexandre

O Ministério Público levou a cabo novas buscas no âmbito da Operação Marquês, investigação que mantém José  Sócrates em prisão preventiva. Desta feita, as atenções concentraram-se no escritório Francisco Tavares Advogados, conforme adianta a SIC.

A estação assevera que estas buscas estão directamente relacionadas com as que foram feitas na semana passada no Algarve, no empreendimento Vale do Lobo, em Almancil.

Segundo a SIC, o Ministério Público terá também estado nas casas de administradores do grupo que trata da gestão deste empreendimento.

Em causa estará a apreensão de documentos em torno das relações entre estes elementos e o advogado Francisco Mendonça Tavares que intermediou vários negócios dos mesmos enquanto seu representante legal.

A SIC aponta que a investigação se centra no processo de aquisição de 25% do empreendimento por parte da Caixa Geral de Depósitos, em 2006, por uma verba da ordem dos 500 milhões de euros, e na parceria firmada, no ano seguinte, com a Lena Construções para a construção de diversos imóveis na zona.

As diligências no escritório de advogados foram lideradas pelo juiz Carlos Alexandre que foi acompanhado de elementos do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e de inspectores da Autoridade Tributária.

ZAP

3 Comments

  1. Eles buscam, buscam, buscam, buscam desesperadamente, à procura de algo, que pelos visto ainda não encontraram, que seja suficiente.
    Por esta andar vão mesmo “passar o país a pente fino” na tentativa desesperada para encontrar aquilo que, quiçá, nem o existe!

    • Parece aquela velha questão da esperança… Mas tenha presente a “especial complexidade” do processo, a transversalidade e convergência dos conteúdos vindos a público!
      Antes, havia x detidos e certamente muito papel (documental) .. Apareceu, forte e feio, que a empresa ‘y’ era a entidade corruptora e só depois a investigação fez buscas à dita! Resultado? x+1 detido e por falsificação de documento… Parece estratégico: Na posse da investigação haverá prova documental que comparada à da busca posterior, sendo diferente configura tentativa de encobrimento… Daí prisão por falsificação de documentação! .
      Caso idêntico parece ser o da busca a Vale do L. na qual terão encontrado documentação que depois confrontada com a da posterior busca ao gabinete do advogado poderá desconfigurar outros rabos de palha tendo em vista uma esperada coerente formalização de acusação que convença o MP a julgamento.

    • Parece estar para breve uma mega conferência de imprensa convocada pelo Juiz Carlos Alexandre, para, em concreto, explicar aos devotos socratistas quais as acusações, os resultado das buscas e demais factos acusatórios, tudo deviamente acompanhado das respectivas provas documentais. Só assim os esqueletos sossegarão nos armários.

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