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“Acho que estou perfeito”. Trump pode fazer um comício já no sábado

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e recandidato ao cargo diz que está pronto para retomar a campanha e que se sente “perfeito”, apesar de ainda persistirem dúvidas sobre a recuperação do chefe de Estado, que esteve três dias internado depois de testar positivo à covid-19.

Estou a sentir-me bem. Muito bem. Acho que perfeito”, garantiu Donald Trump em declaração, através do telefone, à Fox Business, citada pela Associated Press, mostrando disponibilidade para fazer “fazer um comício hoje”.

O atual chefe de Estado norte-americano acredita que já ultrapassou o período de contágio, no entanto, a equipa médica responsável pelo estado de saúde do Presidente não apresentou quaisquer evidências sobre a alegada recuperação de Trump desde segunda-feira.

Além disso, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa), diz que as pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 têm de estar pelo menos dez dias em isolamento, o que no caso de Trump apenas terminaria no sábado.

O médico que acompanhou Trump nos últimos dias confirmou que o Presidente norte-americano já completou os tratamentos para a covid-19.

“Sábado será o décimo dia depois do diagnóstico, tendo em consideração a trajetória e o diagnóstico que a equipa tem realizado, antecipo o regresso do Presidente aos compromissos públicos nessa altura”, afirmou o médico Sean Conley, citado pelo jornal norte-americano The New York Times.

Depois de receber luz verde do médico, Trump confirmou a intenção de realizar um comício no sábado, na Flórida e logo no domingo outro, na Pensilvânia.

Uma semana depois de ter sido diagnosticado com a doença que provocou a morte a mais de 210 mil norte-americanos, o republicano Trump voltou assim a virar as atenções para as últimas semanas da campanha para as presidenciais, numa altura em que milhares de eleitores já começaram a votar.

Trump e Biden pedem adiamento de debates

As candidaturas de Donald Trump e de Joe Biden à Casa Branca propuseram que os debates presidenciais sejam adiados por uma semana, para evitar serem realizados virtualmente, como tinha sido anunciado pela organização.

Donald Trump anunciou na quinta-feira que se recusaria a participar num frente-a-frente virtual, depois de o organismo não partidário que organiza os debates ter ditado essa regra para o segundo confronto, marcado para dia 22, face à contaminação com o novo coronavírus por parte do Presidente e candidato republicano.

Horas depois foi a vez de a candidatura do democrata Joe Biden dizer que, perante a postura de Trump, também não participaria no segundo debate, apesar de inicialmente estar disponível para o formato virtual, sugerindo o seu adiamento por uma semana.

Agora, os dois candidatos parecem estar de acordo em pedir à organização dos debates que estavam marcados para os dias 15 e 22 sejam adiados por uma semana, esperando que o novo calendário já permita a presença de ambos em palco.

O diretor da campanha republicana, Bill Stepien, disse que Trump quer manter os dois debates em falta, alegando que “os norte-americanos merecem ouvir diretamente dos dois candidatos, nessas datas”.

Também a candidatura de Biden parece mais confortável com o adiamento, do que na insistência num debate virtual ou no seu cancelamento, pedindo para ser mantido o formato inicialmente previsto para o segundo confronto, que se realiza em Miami, na Florida, em que, em vez de um moderador, os candidatos respondem a perguntas colocadas por um painel de eleitores.

“Esperamos que a Comissão de Debates adie a reunião com os eleitores de Trump e Biden para o dia 22 de outubro, para que o Presidente não possa evitar essa responsabilização. Os eleitores devem ter a oportunidade de fazer perguntas diretamente aos dois candidatos”, disse Kate Bedingfield, diretora da candidatura democrata, lembrando que, desde 1992, todos os candidatos presidenciais se submeteram a esse formato.

O terceiro debate está marcado para Nashville, Tennessee, e os candidatos pedem agora para que seja adiado para dia 29, a apenas cinco dias das eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro.

ZAP // Lusa

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