O céu vai sorrir a 25 de abril, com a Lua nos lábios (mas o olho Saturno pode estragar tudo)

Drashokk/Wikimedia Commons

Um exemplo de uma conjunção dupla, entre Vénus e a Lua. Este feriado acontecerá uma tripla, com Saturno a entrar na equação.

Saturno e Vénus serão os olhos da cara cósmica sorridente que vai aparecer no céu mesmo antes do nascer do Sol do Dia da Liberdade. Mas não é tão dramático como parece.

Um raro evento celestial vai “sorrir” para nós a partir do céu durante breves momentos da madrugada da próxima sexta-feira, dia 25 de abril.

Trata-se de uma conjunção tripla entre Vénus, Saturno e a Lua em fase crescente que formarão um “smile” gigante sobre o horizonte oriental.

O evento deverá ser visível em praticamente todo o mundo e vai durar cerca de uma hora antes do nascer do Sol. Vénus e Saturno formarão os “olhos” do sorriso, com Vénus mais acima, enquanto a fina lua crescente fará de lábios. Mercúrio poderá aparecer logo abaixo da “cara”, embora a sua visibilidade dependa das condições de cada local.

“Vénus, Saturno e a lua crescente estarão reunidos a leste, à medida que a aurora aquece o céu matinal. Quem tiver uma vista desimpedida para o horizonte poderá também ver Mercúrio brilhante, mas muito baixo no céu”, de acordo com a NASA.

A melhor parte é que o fenómeno pode ser apreciado sem equipamento especial, a olho nu, embora os binóculos ou um telescópio possam certamente melhorar a experiência; a pior é que um dos olhos, Saturno, pode estragar tudo.

Se Vénus é um objeto matinal brilhante esta semana, visível antes do nascer do sol, no mesmo local e à mesma hora, a Lua vai “seguir” o planeta, para leste, todas as manhãs (foi lua cheia no dia 13 e está a minguar até ser lua nova no dia 27).

Os três astros alinham-se, assim, para nascerem juntos a 25 de abril, por volta das 05h00 de Lisboa, mas o evento não será tão dramático como pode parecer porque Saturno terá um brilho muito mais ténue do que Vénus e também porque a cara aparecerá…deitada de lado, o que tira um pouco da piada.

Portanto, tire o cavalinho da chuva, pois não é isto que vai ver no céu:

Para uma observação o mais perfeita possível, escolha um local com uma vista desobstruída para o horizonte leste, a grandes alturas— mas sempre com cuidado com o sol nascente!

Tomás Guimarães, ZAP //

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