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Em abril, o vírus matava 6 vezes mais do que agora. Mas estes números podem mudar em breve

O número de infetados já bateu recordes durante o mês de outubro, mas o mesmo não de pode dizer em relação ao número de mortos. O dia com mais óbitos em Portugal ocorreu a 3 de abril, quando se contaram 37 vítimas mortais. Em contraste com o mês de outubro, em que a média é de 12 mortes por dia.

Passados cerca de 7 meses do início da pandemia em Portugal, o vírus da covid-19 está agora a matar menos, apesar de haver um número muito maior de infetados. As contas são do Correio da Manhã, que sublinha que o SARS-CoV-2 mata atualmente seis vezes menos do que em abril – um dos meses com mais óbitos registados no país.

Segundo o CM, durante o mês de abril – quando se verificou o pico da pandemia – o vírus matava 4,8% das pessoas infetadas. No mês seguinte, maio, apesar de haver uma queda no número de diagnósticos positivos e nos óbitos, o CM escreve que morriam 5,3% dos infetados.

Contudo, desde maio que os valores tem vindo a reduzir-se, tendo chegado aos 0,8% em setembro e em outubro (mês ainda por fechar) o que significa que morre uma pessoa em cada 116.

O dia mais negro em Portugal ocorreu a 3 de abril, quando se contabilizaram 37 óbitos. Até agora, em outubro, a média é de 12 mortes por dia, sendo que o valor mais alto foi a 16 de outubro, com 21 óbitos.

O epidemiologista Gustavo Tato Borges, relembrou ao CM que Portugal está novamente com “um número de casos novos extremamente elevado, o que está a provocar uma grande pressão sobre os cuidados de saúde primários, mas ainda não temos o efeito da mortalidade – porque essa só se vai sentir ao longo da próxima semana”, acrescentando que “há muitas pessoas internadas e o desfecho de alguns casos é duvidoso”, explicou.

Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, referiu esta semana ao Observador que se o número de doentes internados em enfermarias e em unidades de cuidados intensivos aumentar para além da capacidade do sistema, isso poderá ter como consequência mais mortes.

ZAP //

 

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