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Abraços e apertos de mão. Bolsonaro junta-se a manifestação sem distanciamento social

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jeso.carneiro / Flickr

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, participou, este domingo, em mais uma manifestação sem respeitar as regras de distanciamento social. A manifestação decorrer na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

De acordo com o jornal Público, a manifestação teve como objetivo apoiar o governo de Bolsonaro que enfrenta um escândalo político que está a agravar ainda mais a crise de saúde pública causada pelo surto de covid-19.

Na sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil divulgou o vídeo de uma reunião ministerial realizada em abril, no Palácio do Planalto, apontada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova sobre alegada interferência de Bolsonaro na polícia.

Bolsonaro chegou ao local da manifestação de helicóptero. À chegada, o Presidente tirou a máscara, apertou mãos, deu abraços a vários dos seus apoiantes e pegou crianças ao colo.

Segundo a lei do Distrito Federal de Brasília, todos estes atos são considerados crime de infração de medida sanitária preventiva.

https://twitter.com/CarlaZambelli38/status/1264672837203304448

A manifestação aconteceu ao mesmo tempo que a administração Trump anunciava que ia proibir cidadãos estrangeiros que tenham estado no Brasil nos últimos 14 dias entrem nos Estados Unidos.

A covid-19 fez mais de 40 mil mortos na América Latina e nas Caraíbas, com o Brasil a contabilizar mais de metade dos óbitos na região, indicou um balanço da agência de notícias AFP.

De acordo com os dados oficiais divulgados no domingo, o Brasil é de longe o país mais afetado pela pandemia naquela zona do mundo, com 22.666 mortos e 363.211 casos, seguido pelo México, com 7.394 mortes e 68.620 casos, e o Peru, que registou 3.456 óbitos e 119.959 infeções. Só nas últimas 24 horas foram confirmadas 653 mortes e 15.183 mil novos casos de covid-19 no Brasil.

O país é também o segundo no mundo com maior número de casos da doença, indicou a Universidade norte-americana Johns Hopkins, atrás apenas dos Estados Unidos, que registam já mais de 1,6 milhões de casos da covid-19.

O número de mortos na América Latina e Caraíbas duplicou nas últimas duas semanas.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Comissão Económica para a América Latina e as Caraíbas (Cepal), a crise económica provocada pela pandemia deverá fazer 11,5 milhões de desempregados naquela região, este ano.

ZAP // Lusa

3 Comments

    • É uma questão de Cultura, nem imagina o poder das Seitas Evangélicas e a influencia que tem na mente de pessoas altamente influenciáveis !….Como já cheguei a dizer, os Brasileiros não elegeram um “Presidente” mas sim um Guru Psicopata !

  1. Fantoche inseguro a alardear “plenas liberdades” perante meia-dúzia de gatos-pingados. Nas verdadeiras democracias os presidentes têm necessidade de as publicitar?

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