O Partido Democrático do Atlântico (PDA) e alguns movimentos cívicos assinam esta sexta-feira um acordo com o PTP/AGIR com o objetivo de concorrer às próximas eleições legislativas enquanto coligação.
O acordo entre as forças políticas e os grupos de cidadãos é assinado hoje em Lisboa, e conta com a presença da cabeça de lista pelo círculo de Lisboa, Joana Amaral Dias, assim como do presidente do PTP/AGIR Amândio Madaleno, o presidente do PDA Rui Matos e o dirigente da associação política AGIR, Nuno Ramos de Almeida.
“Contactámos várias forças políticas e fomos falando com várias candidaturas independentes, vários movimentos sociais para conseguir criar esta polarização de forças em relação a uma coligação nova que será o AGIR”, afirmou Nuno Ramos de Almeida em declarações à agência Lusa.
Entre os grupos de cidadãos que se associam a esta coligação encontram-se a “Nova Governação”, “Somos Santa Maria da Feira”, “Somos Lamas”, Instituto dos Bairros Sociais, Movimento contra as SCUT (antigas vias sem custos para o utilizador), Movimento dos Brasileiros votantes em Portugal e, como convidados, estarão representantes dos movimentos “Nós Cidadãos” e Partido Unido dos Reformados e Pensionistas, que aguardam a decisão do Tribunal Constitucional para se constituírem como partidos políticos.
O dirigente do AGIR afirmou que o acordo acontece na sequência de um repto lançado pela associação política à sociedade civil na conferência internacional de 13 e 14 de março, para a “convergência política de movimentos sociais e partidos em torno de quatro pontos fundamentais”.
Segundo Nuno Ramos de Almeida esses quatro pontos são “a afirmação de que com corrupção não há democracia“, que “os portugueses têm o direito de escolher o modelo económico sob o qual vivem”, a “defesa dos serviços públicos como a saúde, educação, segurança social ou justiça condigna” e a “questão de democracia e da necessidade das pessoas se sentirem incluídas na democracia“.
“Este entendimento político era aberto a forças políticas e sociais que pretendessem concretizar este programa, que [atualmente] não tem uma concretização do ponto de vista político e partidário”, sublinhou.
Para o dirigente, esta é uma “fase em que é preciso um programa mínimo para obter um programa máximo, uma espécie de programa de salvação nacional que permite ser uma democracia a sério”.
Nuno Ramos de Almeida disse ainda que a coligação continua aberta “a forças políticas e sociais que a queiram integrar”.
/Lusa
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