O Novo Banco informou esta segunda-feira que vendeu o Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) à Haitong, empresa chinesa especializada em serviços financeiros, por 379 milhões de euros.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Novo Banco frisa que o negócio está agora “dependente das necessárias aprovações, nomeadamente junto do Banco de Portugal, da Comissão Europeia, das autoridades da concorrência e de um conjunto de outras autoridades que exercem supervisão direta sobre a entidade compradora”.
O interesse da Haitong no BESI já tinha sido noticiado recentemente, tendo sido agora concretizado o negócio.
A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição, que foi designado Novo Banco.
Na altura da resolução do BES, o BESI transitou para o Novo Banco.
No chamado banco mau (‘bad bank’), um veículo que mantém o nome Banco Espírito Santo (BES), ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no ‘banco bom’, o banco de transição que foi nomeado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
Tribunal do Luxemburgo declara falência da Rio Forte
O Tribunal do Comércio do Luxemburgo declarou esta segunda-feira a falência da Rio Forte Investments S.A., cinco dias depois de esta empresa do Grupo Espírito Santo (GES) ter visto rejeitado o seu recurso relativamente ao pedido de gestão controlada.
Num curto comunicado, o tribunal indica que procedeu à declaração de falência após a empresa reconhecer que cessou os seus pagamentos e que já não tem acesso a crédito.
Na passada terça-feira, o Tribunal de Apelação do Luxemburgo havia negado provimento a um recurso interposto pela Rio Forte, confirmando assim a rejeição do pedido de admissão da sociedade ao regime de gestão controlada, decidida a 17 de outubro pelo Tribunal do Comércio do Luxemburgo.
O Tribunal do Luxemburgo rejeitou os quatro pedidos de gestão controlada apresentados em julho por empresas do Grupo Espírito Santo (GES), os últimos dos quais relativos à Espírito Santo International (ESI) e à Rio Forte Investments, no passado dia 17.
Em causa estão os pedidos de gestão controlada apresentados pela ESI, a 18 de julho, pela RioForte, a 22, pela Espírito Santo Financial Group (ESFG), a 24, e pela Espírito Santo FinanciŠre (ESFIL), a 31, todos no mesmo mês.
Poucos dias depois da apresentação dos pedidos de gestão controlada pelas quatro empresas do GES, o Banco de Portugal tomou a 03 de outubro o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.
/Lusa
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