A ONU deixou um sério aviso ao mundo a propósito da gravidade das alterações climáticas, notando que há países que estão em risco de desaparecer ainda neste século. E Portugal é um dos territórios europeus que mais consequências negativas pode enfrentar nos próximos anos.
O mais recente relatório da ONU sobre o clima aponta que o aumento da temperatura global vai ultrapassar o limite de 1,5ºC, o que é um “código vermelho” para a Terra, como destacou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
Este aquecimento global terá efeitos catastróficos para alguns países, nomeadamente na zona do Oceano Pacífico. Assim, o aumento do nível do mar e outras alterações climáticas podem levar ao desaparecimento de países inteiros.
“Grande parte de países como o Kiribati, Vanuatu, Ilhas Salomão”, vão “simplesmente tornar-se inabitáveis“, apontou o líder da pesquisa e investigação da Greenpeace Australia Pacific, Nikola Casule, conforme cita a TVI.
Temperaturas na Europa vão subir a ritmo superior
Mas também na Europa, os efeitos das alterações climáticas serão dramáticos.
O relatório da ONU destaca que, no Velho Continente, as temperaturas vão subir a um ritmo superior ao da média mundial, independentemente dos futuros níveis de aquecimento global.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas que elaborou o relatório constata que a frequência de ondas de frio e dias de neve vai diminuir na Europa, em todos os cinco cenários traçados e em todos os horizontes temporais.
Por outro lado, prevê-se o aumento das precipitações no Inverno, no Norte da Europa, e uma diminuição das precipitações no Verão, no Mediterrâneo, bem como um aumento das precipitações extremas e das inundações.
Independentemente do nível de aquecimento global, o nível do mar subirá em todas as zonas europeias, excepto no Mar Báltico, a um ritmo próximo ou superior ao nível médio global.
Os autores do estudos antecipam ainda que as mudanças continuem após 2100 e que os fenómenos extremos do nível do mar sejam mais frequentes e mais intensos, provocando mais inundações costeiras e o recuo das costas arenosas.
Portugal especialmente “vulnerável”
Na Europa, Portugal é um dos países com maior vulnerabilidade às alterações climáticas, alerta a organização ambientalista ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.
A ZERO destaca que o relatório da ONU é “o aviso mais severo de sempre da comunidade científica mundial sobre os efeitos das emissões de gases de estufa e consequentes alterações climáticas, antes do planeta atingir um aumento de temperatura superior a 1,5 ºC”.
No contexto europeu, “a região do Mediterrâneo apresenta grandes vulnerabilidades e menores oportunidades para lidar com as alterações climáticas”, sendo também “das mais vulneráveis às alterações climáticas”, reforça a Associação ambientalista.
Em concreto, prevê-se que esta região venha a ter ondas de calor, secas e fogos florestais ainda piores do que os que já ocorreram, com impacto na agricultura, na pesca e no turismo.
Algumas sub-regiões podem ter a produção agrícola reduzida em dois terços e a superfície de floresta queimada triplicada.
Estima-se também que dezenas de milhões de habitantes sejam afectados por maior escassez de água, riscos de inundações costeiras e ondas de calor potencialmente mortais, detalha a Zero.
“Devido às suas características geográficas, Portugal encontra-se entre os países europeus com maior vulnerabilidade a estas alterações”, adianta ainda a Associação.
Alterações climáticas devem ser “prioridade nacional”
Perante estes dados, a ZERO defende que, “em Portugal, as alterações climáticas deverão ser cada vez mais uma prioridade nacional“.
A situação de Portugal “é agravada pela exposição a eventos meteorológicos extremos, como ondas de calor conjugadas com secas associadas a condições de enorme redução da humidade e à subida do nível do mar (factores que causam potenciais cheias e galgamentos costeiros)”, sublinha ainda a ZERO.
Assim, a Associação diz que é urgente “a adopção imediata de acções de mitigação, que combatam as causas, e de adaptação, que minimizem os impactos, com vista a uma sociedade neutra em carbono e resiliente ao clima”.
ZAP // Lusa
Quanto aos fogos em Portugal, deixo uma pergunta. Sabem qual é a temperatura de ignição a partir da qual a madeira “pega” fogo?. Vão procurar.
Acima dos 280º C
No que toca a incêndios, por cá parece haver vários aparelhos de videovigilância espalhados pelo país, mas pelos vistos estão desativados, logo por aqui se vê a seriedade de quem “governa” este país em proteger o território. Quando tudo começar a arder, ninguém será culpado como de costume!
No seguimento dos comentários do Pedro Nuno e de “de mal a pior”. Há já alguns anos vi um programa na televisão portuguesa onde um bombeiro punha um pedaço de madeira seca dentro de um forno a 200ºC… curioso… NÃO PEGOU FOGO!!!!
Sim, claro que fica tudo mais seco, e como tal arde melhor, mas NÃO PEGA FOGO ESPONTÂNEAMENTE!!!
Não me digam também as tretas do costume como vidros que refletem a luz do sol ou fundos de garrafa a fazer de lente que servem como fonte de ignição porque a probabilidade de um pedaço de vidro ou o fundo de uma garrafa estarem na posição certa, à hora certa, com céu limpo de dia e isso acontecer é menor do que a de um meteorito nos atingir! Ah sim, e quanto a trovoadas sempre as houve e nem por isso tínhamos tantos incêndios!!!!
Agora que neste país o prevaricador sai sempre com a desculpa do ‘coitadinho’, e que foi só a primeira vez, ou foi apenas um descuido e assim a culpa morre sempre solteira… Aí sim, aí a probabilidade é francamente alta. Que dantes o número de agentes de autoridade e guardas florestais per capita era maior, oh se era!
Mais, havia respeito pela autoridade! Agora pagam os justos pelos pecadores à conta do famoso “abuso de autoridade”… Já para não falar, à falta de argumentos, que isso era do tempo da outra senhora…
Enfim, o facto é que não são nem as temperaturas actuais em Portugal que pegam fogo mas a mão humana. E, por favor, parem de dar desculpas esfarrapadas e salvem o que ainda resta usando mão forte que quase de certeza não vai ser preciso água.
“Pedaço de madeira num forno”?!
Bem… não percebes NADA de fogo nem de incêndios florestais!…
Sempre existiram e vão continuar a existir incêndios provocados pela natureza…
Está um frio que nao se pode. Agosto e a temperatura em Lisboa nao chega aos 30C.
Saudades dos verões quentes que havia há 20 anos atrás
Trump?!
“Vaga de frio leva Trump a questionar de novo as alterações climáticas”
Se “há 20 anos havia verões quentes em Lisboa” e agora não está assim tão quente, talvez existam mesmo alterações climáticas; não?!
Pois…