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Dos partidos aos patrões, há expectativas quanto ao plano de desconfinamento

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José Coelho / Lusa

O primeiro esboço do plano de desconfinamento será apresentado na reunião do Infarmed, marcada para a próxima segunda-feira. A apresentação do roteiro para a reabertura do país acontece no dia 11 de março.

Esta semana, o líder do maior partido da oposição defendeu que o importante é que o Governo, em conjunto com os especialistas, defina critérios claros para a reabertura do país. Rui Rio defende um desconfinamento a várias velocidades, independentemente da data.

“O que está em causa é se o país tem indicadores para poder desconfinar ou não, independentemente de ser Páscoa ou não, independentemente de estarmos em março ou em abril”, disse o social-democrata, na terça-feira.

Centrando a estratégia na deteção antes da transmissão, o PSD defende a realização de testes rápidos e semanas em escolas e em serviços, escreve o Expresso.

A testagem é também uma das prioridades do Bloco de Esquerda, que argumenta que deve ser esta a chave do plano de desconfinamento. Para Moisés Ferreira, é importante alargar a realização de testes e o círculo de rastreamento.

O deputado bloquista defende, por isso, testes alea­tórios ou regulares nalguns sectores de atividade e em escolas. Quanto à diferenciação geográfica, argumenta que, mais importante do que isso, é a monitorização posterior que deve ter em conta uma avaliação regional e local.

O CDS-PP coloca em cima da mesa a hipótese de se avançar com um projeto-piloto em meados de março que abra creches e pré-escolar, uma primeira fase acompanhada de testes, inquéritos, rastreios e isolamentos.

Se tudo correr como planeado, avança-se para os níveis seguintes. Se, caso contrário, se entrar “na zona laranja ou vermelha”, põe-se “o pé no travão”, disse a deputada Ana Rita Bessa ao semanário.

No caso dos estabelecimentos de ensino, o PAN defende “a criação de um plano para o regresso ao ensino presencial que inclua capacidade de testagem de todos os agentes educativos e alunos, disponibilizando-lhes métodos de testagem menos invasivos”.

A Iniciativa Liberal argumenta que o plano “não deve incluir apenas as atividades que podem retomar a normalidade e as datas em que o podem fazer”. “Tem de incluir igualmente um plano de testes massivo e regular, o reforço da capacidade de rastreamento e a aceleração do plano de vacinação.”

As confederações patronais, ouvidas pelo Expresso, também são a favor de uma reabertura faseada e diferenciada. António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, referiu que “deve haver um desconfinamento inteligente, diferenciado por regiões” e “por tipologia de empresas“.

João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços, concorda com um modelo faseado, avaliado a cada 15 dias e que comece pelas lojas de rua a 17 de março. Já Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo, alerta que “o turismo tem de ter tempo para se preparar”.

ZAP //

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