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Fantasmas de 2017 voltaram a Pedrógão Grande. “Continua a falhar muita coisa”

PAULO NOVAIS/LUSA

O incêndio e as cinzas em Pedrógão Grande, Leiria.

Pedrógão “sempre com o coração nas mãos”. Situação geral acalmou este domingo: 11 dias depois, o único grande fogo em Portugal entrou em resolução, mas há um grande fogo em Vila Verde.

O trauma tem oito anos e voltou em força este sábado. Pedrógão Grande viveu um grande susto, com duas violentas frentes de fogo que obrigaram à evacuação dos moradores de cinco localidades — Marroquil, Torneira, Romão, Agria e Sobreiro. Duas habitações de duas famílias ficaram destruídas, assim como vários carros.

O incêndio entrou em fase de rescaldo e vigilância, mas mais de 600 operacionais e 250 veículos terrestres mantêm-se no terreno. Este domingo, o tempo ficou mais húmido e a temperatura mais amena, o que ajudou a recuperar da aflição do dia anterior. Entretanto, o IC8 e a EN 2 foram reabertos ao trânsito.

“Estávamos cá em 2017 e não foi feita grande coisa durante estes anos”, diz uma moradora à SIC Notícias: “continua a falhar muita coisa”, denuncia, com base no que vê em primeira mão, no terreno. Não há coordenação, apesar da ajuda dos bombeiros “fantásticos que, infelizmente, não conseguem chegar a todo o lado”.

“Aqui, andamos sempre com o coração nas mãos”, diz outra local à TVI.

Arganil finalmente em resolução

O incêndio que deflagrou em Piódão, no concelho de Arganil, no distrito de Coimbra, entrou finalmente em resolução, ao fim de 11 dias, refere a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O fogo em zona de mato teve início no dia 13 de agosto, pelas 05:08, em Piódão, tendo alastrado a vários concelhos vizinhos, atingindo os distritos de Guarda e de Castelo Branco e consumido mais de 57 mil hectares.

Pelas 12:52, nas operações de rescaldo continuavam no terreno 1.292 operacionais, apoiados por 432 viaturas e seis meios aéreos, informa a ANEPC.

Àquela hora, Portugal registava 25 incêndios florestais e em mato, que envolviam um total de 2.339 operacionais, 744 viaturas e 14 meios aéreos.

O risco de incêndio mantém-se máximo ou muito elevado em vários concelhos, sobretudo no interior norte e centro, apesar de a meteorologia prever uma pequena descida da temperatura máxima.

ZAP // Lusa

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