Algumas autarquias já começaram a preparar e a anunciar a abertura de centros complementares para a vacinação, numa altura em que se planeia vacinar em massa idosos a partir dos 80 anos e doentes de risco com 50 anos ou mais, dois novos grupos prioritários incluídos na primeira fase da vacinação.
Na sessão plenária da Assembleia Municipal, Fernando Medina informou que Lisboa vai ter sete centros de vacinação adicionais contra a covid-19, um dos quais na Altice Arena, para apoiar a administração de vacinas aos idosos com mais de 80 anos e aos doentes crónicos com mais de 50 anos.
Os centros vão localizar-se na Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, Hospital Pulido Valente, na sede da Assembleia Municipal de Lisboa (Av. De Roma), Pavilhão Manuel Castelbranco (São Vicente), Pavilhão da Ajuda, Picadeiro e Altice Arena. Segundo o autarca, estes estão a ser criados em articulação com o Ministério da Saúde.
Os novos equipamentos vão permitir a “vacinação desta nova fase”, que se iniciou na segunda-feira, e irão abranger “cerca de 70 mil pessoas”. Fonte oficial da autarquia disse à Lusa que existem três Unidades de Saúde Familiar (USF) a efetuar a vacinação e, “quando existirem vacinas em número suficientes, estes centros juntam-se às três USF“.
Ficarão, assim, “a existir 10 unidades de vacinação para maiores de 80 [anos] e doentes crónicos acima de 50 [anos]”.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa referiu ainda que os novos equipamentos vão contar com 60 enfermeiros contratados pelo município e 40 profissionais da proteção civil e polícia municipais. “Toda a operação decorre por supervisão de médicos dos ACES [Agrupamentos de Centros de Saúde]”, acrescentou Medina.
Já o Porto vai ter um centro de vacinação drive-thru, no Queimódromo, no âmbito de um projeto que junta dois hospitais da cidade, a autarquia e a Unilabs Portugal. A informação foi avançada esta quarta-feira.
Em comunicado, a Unilabs refere que, com este projeto-piloto, que permitirá que as pessoas entrem de carro nas estruturas sem precisarem de sair da viatura para ser vacinadas, é intenção da Câmara do Porto “preparar a cidade para um processo seguro e robusto de vacinação, em larga escala, assim que houver vacinas para as segunda e terceira fases do processo de vacinação”.
No projeto estão também envolvidos os hospitais de Santo António e do São João, que assegurarão “consultoria e apoio na formação dos profissionais desta operação, garantindo que a mesma decorre dentro das melhores práticas clínicas, em linha com a experiência adquirida” durante a primeira fase de vacinação dos seus profissionais de saúde.
“A Unilabs Portugal irá assegurar a logística, operação, organização de fluxo e os técnicos de vacinação no espaço, aproveitando a experiência do rastreio neste tipo de centros, agora aplicados ao processo de vacinação”, conclui. A apresentação deste centro de vacinação contra a covid-19 está marcada para esta quarta-feira.
O coordenador da task force, Gouveia e Melo, considerou na terça-feira que a percentagem das vacinas aplicadas “é muito elevada e só não é mais elevada por uma questão de segurança relativamente às segundas doses”.
De acordo com o Público, nos arredores do Porto, em Gondomar, a autarquia disponibilizou o pavilhão multiusos da cidade, onde na sexta-feira arrancou a vacinação de quase uma centena de pessoas, em articulação com o Aces local.
Em Coimbra, a câmara municipal cedeu também ao Aces do Baixo Mondego o Pavilhão Mário Mexia, no centro da cidade, onde deve arrancar já na próxima sexta-feira a vacinação de idosos e doentes de risco a partir dos 50 anos.
A autarquia também se ofereceu para reforçar as equipas dos centros de saúde com elementos que ajudem nos contactos telefónicos. Além disso, vai ceder carrinhas de transporte especial e mini-autocarros para levar os cidadãos para o pavilhão.
ZAP // Lusa
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