Líder das secretas com os dias contados. Montenegro já a informou que será demitida

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José Sena Goulão / Lusa

Luís Montenegro, presidente do PSD

A polémica com o computador do adjunto de Galamba levou a que Montenegro exigisse a saída de Graça Mira Gomes na direção do SIRP. O primeiro-ministro já informou Mira Gomes de que será demitida.

A bronca no Ministério das Infraestruturas no ano passado continua a fazer estragos. De acordo com o Público, Graça Mira Gomes tem os dias contados enquanto secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), após Luís Montenegro ter exigido a sua demissão duas vezes ainda enquanto líder do maior partido da oposição.

Em junho do ano passado, Montenegro retirou confiança política a Mira Gomes, acusando-a de “promiscuidade” em relação à atuação do SIS na recuperação do computador pertencente ao adjunto do então ministro João Galamba.

O desentendimento atingiu novos patamares em junho de 2023, quando Montenegro exigiu a demissão de Mira Gomes numa carta enviada a António Costa, primeiro-ministro na época. Caso a demissão não ocorresse, Montenegro ameaçou retirar o apoio do partido à direção do serviço de informações. A controvérsia centrou-se na alegada atuação do SIS “sem base legal” na recuperação do computador de Frederico Pinheiro do Ministério das Infraestruturas.

António Costa recusou o pedido de demissão, descrevendo a solicitação do governo ao SIS como um “abuso de poder“. Montenegro, por sua vez, acusou o governo e as “secretas” de promiscuidade. Segundo fontes ouvidas pelo Público,  Montenegro já se reuniu com Mira Gomes para a informar do seu afastamento.

De acordo com a legislação, o secretário-geral do SIRP é nomeado pelo primeiro-ministro após audição na Assembleia da República. Embora não haja exigência de consenso com o maior partido da oposição, historicamente tem havido esforços de cooperação entre PS e PSD nesse processo.

Graça Mira Gomes, diplomata de carreira, assumiu o cargo em 2017, tornando-se a primeira mulher a ocupar esta posição.

ZAP //

2 Comments

  1. Oito anos a espera de tacho é muito tempo, agora os que lá estão vão dar um volta e depois o povo português volta a pô-los lá. É a chamada democracia monárquica PS/PSD.

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