O assunto já passou a ser a COVID longa, mas os números continuam a aumentar diariamente. EUA, Brasil e Rússia em destaque.
Lisboa vai ser o palco primeira conferência internacional sobre a COVID longa. O encontro vai decorrer nos próximos dias 2 e 3 de Abril.
A prioridade é delinear recomendações para esta doença, para a qual ainda não há um exame de diagnóstico.
A COVID-19, que chegou a Portugal há quatro anos, não é assunto como era em 2020 e nos dois anos seguintes. Nem se compara.
Mas a doença continua a originar casos diariamente e a matar diariamente – tal como outras doenças, claro.
Numa semana que a COVID longa passou a ser assunto mais proeminente por cá, olhamos para os dados mais recentes da outra COVID, aquela que fechou o mundo a partir de 2019.
Dos 7 aos 700 milhões
O número de casos ultrapassa os 700 milhões há algum tempo. No dia 10 de Março eram praticamente 775 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. EUA (103 milhões) e China (99 milhões) destacam-se.
Ao longo das quatro semanas anteriores a 10 de Março houve quase 265 mil casos. Quase metade dos casos concentrados num país: Rússia. Praticamente 105 mil casos entre russos, seguindo-se ao longe Chile (27 mil) e Austrália (22 mil).
O número de mortes ultrapassou recentemente os 7 milhões. Eram 7,039 milhões no dia 10. Era como se uma doença matasse 70% da população portuguesa ao longo de quatro anos. A maioria dos mortos foi registada nos EUA (1.2 milhões), à frente do Brasil (700 mil).
Só estes dois países – EUA e Brasil – representam quase 30% dos mortos por COVID-19 em todo o mundo.
Durante os últimos 28 dias foram registadas mais de 5.500 mortes. Aqui não há dúvidas: mais de 4.300 foram nos EUA – praticamente 80% do total mundial. À distância ficam as 200 mortes na Rússia e as 139 em Itália.
E em Portugal?
Ao todo há 5,6 milhões de casos reportados e um pouco mais de 28 mil mortos.
Durante o mês anterior tinha havido 474 novos casos e 13 mortes.
Entre quase 28 milhões de vacinas, 87% da população portuguesa teve vacinação completa; 69% teve pelo menos uma dose de reforço da vacina. Tudo dados de Novembro de 2023.
No total, 95% dos portugueses teve pelo menos uma dose de vacina anti-COVID; é a percentagem mais alta na Europa e uma das percentagens mais altas do mundo.
Seis países/Estados registam 100% de população vacinada, com pelo menos uma dose: Brunei, Emirados Árabes Unidos, Nauru, Niue, Palau e Tokelau.